A comunidade internacional e Israel: dois pesos, duas medidas
Por David S. Moran
A ONU e suas agências têm um propósito declarado de trazer a paz e a prosperidade ao mundo. Israel vibra até os dias atuais com a declaração da Partilha da Palestina em dois Estados, um judeu e um árabe (não foi dito palestino, termo que não existia na época) adotada na Assembleia Geral da ONU, em 29/11/1947. Na época a maioria dos países que compunham a ONU eram da América Latina e favoráveis ao Estado Judeu. Infelizmente, o mundo mudou e acredito que, nos dias de hoje, uma resolução destas não passaria.
Logo no início, a ONU, por pressão árabe (atualmente 56 países muçulmanos, inclusive 22 países árabes), criou a UNRWA, na resolução 302 da Assembleia Geral da ONU, só para os refugiados da Palestina (não diz palestinos). Os refugiados de todo o mundo têm uma agencia própria que é a UNHCR (ACNUR em português). Enquanto na ACNUR, uma pessoa é considerada refugiada só por dois anos, os refugiados da UNRWA o são a vida toda e passa o status de geração em geração.
Os refugiados da Palestina ficaram confinados em campos de refugiados por receio de perder os privilégios que a ONU lhes dava, se saíssem destes campos. Também havia grande pressão para que ficassem ali e perpetuassem suas condições. A UNRWA criou escolas e nelas lecionavam palestinos que continuaram pregar o ódio aos israelenses e judeus, nas dependências da organização “da paz no mundo”.
Mesmo depois que o mundo caiu na chantagem dos países árabes produtores de petróleo, que enriqueceram depois de 1973, estes novos ricos não ajudaram seus “irmãos” a saírem da miséria. Financiaram a compra armas e o terror, não só em Israel, mas na Europa e até nos EUA (9/11) e Argentina (atentados na AMIA e Embaixada de Israel em Buenos Aires).
A tendenciosa Assembleia Geral da ONU chegou ao cúmulo de aprovar a resolução 3379, no dia 10/11/1975 que qualificava o Sionismo como uma forma de racismo. Esta infâmia foi posteriormente revogada com a resolução 4686 de 6/12/1991.
Toda esta abertura foi escrita para que o leitor saiba que a política de “dois pesos, duas medidas” com que a ONU trata o único Estado Judeu, não começou atualmente. Apesar do progresso do Estado de Israel durante os anos e os benefícios que trouxe a humanidade em muitas áreas. Seja na agricultura, computação, medicina, etc. Tente viajar sem o Waze, que foram israelenses que inventaram para o mundo todo, só um pequeno exemplo.
Muitos países no mundo criticam Israel por “esfomear os palestinos em Gaza”. Vale um esclarecimento. Nenhum país que lutou contra outro lhe forneceu alimentos enquanto estavam em guerra. Isto até parece um absurdo. No caso da Faixa de Gaza, Israel permitia a entrada de centenas de caminhões com alimentos, todo dia.
Só que o pessoal da ONU cooperava com os terroristas do Hamas e lhes desviavam os caminhões e o Hamas vendia os alimentos para a população enquanto embolsava enormes lucros. Estes lucros lhes serviam para comprar armamento. Israel conseguiu, em 2024, grampear e escutar contrabandistas ligados ao Hamas planejando receber os caminhões da organização Planejamento de Alimentação Mundial (WFP). Na quarta-feira (11/06) à noite, terroristas do Hamas alvejaram um comboio de ajuda humanitária da GHF e mataram cinco funcionários de Gaza, feriram e sequestraram outros. A política do medo que o Hamas impôs ainda continua em vigor. Os terroristas do Hamas às vezes conseguem se apoderar de caminhões e vendem os produtos para o seu próprio benefício. A ONU e seu secretário-geral Guterres continuam a lutar contra o Fundo Humanitário controlado pelos americanos, para que a ONU com o Hamas continue seu monopólio corrupto.
António Guterres é hostil em relação a Israel e com os inúmeros braços da ONU continua a espalhar a política da “fome em Gaza”, como revelou a um diplomata israelense um ministro de país árabe. Disse ele: “a ONU pressiona meu governo a gritar contra a fome em Gaza e não importa qual é a realidade”. A ONU é sistematicamente contra cooperação com a GHF por temer a perda de bilhões de dólares e o controle da UNRWA, além de perder milhares de empregos. A ONU através da UNRWA e outras instituições continua a perpetuar a luta palestina contra Israel. O Estado de Israel tem agora a chance de desmantelar todos os campos de refugiados nas áreas que controla, inclusive na Samaria e Judeia, fechar as atividades da UNRWA e assim permitir que o currículo israelense e palestino seja lecionado nas escolas para que uns aprendam sobre os outros e não perpetuem o ódio.
As críticas a fome da população de Gaza, que muitos tentam colocar a culpa em Israel, são por falta de conhecimento. Desde que foi formado o Fundo de Ajuda Humanitária (GHF) a organização terrorista Hamas ameaça tanto os gazenses recrutados para distribuir a alimentação, quanto aos gazenses que vão aos postos de distribuição. Isto deve-se ao fato de que o Hamas está perdendo sua força e importância, já que não tem nada a vender a preços exorbitantes. Hamas está quase na bancarrota. Na noite de quarta-feira (11/06), terroristas do Hamas atacaram um ônibus que levava membros da GHF e o alvejou, matando pelo menos 5 e ferindo outros.
Na ONU, Israel não tem nenhuma chance quando 56 mãos são levantadas automaticamente para condená-lo. Quando governos que não têm noção do que se passa por aqui, como o governo do Lula que disse “Hamas invadiu Tel Aviv”, e adotam posicionamento anti-israelense para se alinhar com posições políticas. Esquecem os da esquerda que Israel trouxe os kibutzim, colônias de igualdade coletiva, lutou contra o colonialismo inglês e é pela igualdade e teve até primeira-ministra, Golda Meir. Os países árabes, que pessoas como Lula bajulam, não têm igualdade de sexo, raça ou religião, seus LGBT’s são perseguidos, nem têm direitos humanos.
Que chance tem uma nação de bem nesta ONU atual? Para exemplificar, basta ver pelo menos quatro países que não têm noção de direitos humanos, serem escolhidos para Conselho dos Direitos Humanos da ONU. São eles, a Rússia que obteve 115 votos, a Turquia com 174 votos, a China 180 votos, Chad 183 votos e o Burundi com 189 votos. VERGONHA.
Foto: Ministério do Exterior (X)