IsraelNotícias

A iniciativa árabe para acabar com a guerra

Egito e Catar estariam trabalhando na formulação de um novo plano para um acordo que liberte todos os reféns – vivos e mortos – de uma só vez, em troca do fim da guerra em Gaza e da retirada das FDI da região.

A informação foi divulgada por duas fontes árabes que falaram à Associated Press. Segundo a reportagem, a nova proposta está recebendo apoio e respaldo dos principais Estados do Golfo, que temem “instabilidade regional” caso Israel avance rumo a uma ocupação total da Faixa.

Uma das fontes, segundo a agência, está diretamente envolvida nos esforços de mediação e a outra foi informada sobre as negociações.

O acordo, segundo relatos, deve abordar, entre outras coisas, a questão do desarmamento do Hamas, uma medida à qual a organização terrorista se opõe mas que é uma das exigências israelenses para o fim da guerra. Uma das autoridades árabes, diretamente envolvida nos esforços para formular o acordo, disse que as discussões sobre o “congelamento das armas do Hamas” estão em andamento. Na prática, afirmou ele, o Hamas continuará a possuir armas, mas não as utilizará. A organização terrorista seria obrigada a abrir mão do controle da Faixa de Gaza.

Um comitê palestino-árabe administraria Gaza e supervisionaria os esforços de reconstrução até que um governo palestino com uma nova força policial treinada pelo Egito e pelo Catar fosse estabelecido. Não está claro qual será o papel da Autoridade Palestina, dada a recusa de Israel em permitir que ela retome o controle da Faixa de Gaza.

Um alto funcionário do Hamas, falando sob condição de anonimato, disse à Associated Press que a liderança da organização está ciente dos esforços de mediadores árabes para retomar as negociações de cessar-fogo que fracassaram nas últimas semanas, mas ainda não recebeu detalhes.

LEIA TAMBÉM

Na sexta-feira, o gabinete político e de segurança do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu decidiu pela ocupação completa da Faixa de Gaza. Os ministros aprovaram a proposta de Netanyahu, apesar da oposição do chefe do Estado-Maior, Tenente-General Eyal Zamir.

As FDI se prepararão para tomar a Cidade de Gaza, enquanto fornecem ajuda humanitária à população civil fora das zonas de combate. A maioria absoluta dos ministros entendeu que o plano alternativo apresentado ao gabinete não resultaria na derrota do Hamas nem na devolução dos reféns.

Apesar das advertências do chefe do Estado-Maior, a maioria dos membros do gabinete não apoiou as alternativas propostas e optou por apoiar o plano de ocupação da Cidade de Gaza. A votação do plano ocorreu cláusula por cláusula, e nem todas as cláusulas foram aprovadas por unanimidade. Entre outros, os ministros Bezalel Smotrich e Itamar Ben Gvir se opuseram à cláusula que permite a introdução de ampla ajuda humanitária.

Fonte: Revista Bras.il a partir de Walla e Ynet
Fotos: Wikimedia Commons. Emir do Catar, Tamim bin Hamad al-Thanie, e presidente do Egito, Abdul Fatah Khalil Al-Sisi

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *