“Avançar em Gaza é uma sentença de morte para reféns”
Centenas de pessoas se manifestaram em Tel Aviv em um protesto organizado pelo grupo ativista Shift 101, em frente ao Ministério da Defesa, na Rua Kaplan. Vestidos de branco e em silêncio, os participantes exigiram que o governo priorizasse um acordo para a libertação dos reféns antes de prosseguir com a ocupação total da Faixa de Gaza.
O protesto foi liderado por Viki Cohen, mãe de Nimrod Cohen, um dos reféns em Gaza, e Maccabit Meir, tia dos irmãos Ziv e Gali Berman, também reféns. A manifestação começou na Praça Dizengoff e terminou em frente à sede do Ministério da Defesa.
“Estamos ouvindo falar em conquistar Gaza. Isso seria uma sentença de morte para nossos reféns, os transformaria em novos Ron Arads”, disse Cohen, referindo-se ao piloto da Força Aérea capturado em 1986 no Líbano, cujo paradeiro nunca foi esclarecido. “Não podemos permitir que isso aconteça, é por isso que estamos aqui: para dizer basta, para continuar lutando”.
Cohen enviou uma mensagem ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu: “É hora de deixar de lado a sede de vingança, ouvir o povo, parar a guerra e trazer de volta todos os reféns. Só então a sociedade israelense poderá começar a se reconstruir e enterrar seus mortos”.
Idit Ohel, mãe do refém Alon Ohel, também discursou na cerimônia. “Sinto tanta falta dele que às vezes esqueço como é ser mãe do Alon”, disse ela. “É difícil falar, é difícil ficar de pé, é difícil andar. O mais difícil é respirar, sabendo que seu filho está lá. Eu não desejaria isso a ninguém”.
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A manifestação foi encerrada com uma canção em memória de Ariel Bibas, que completaria seis anos esta semana. Ariel foi sequestrado junto com sua mãe e seu irmão mais novo em 7 de outubro de 2023. Todos morreram em cativeiro, e seus corpos foram repatriados em fevereiro.
Fonte: Revista Bras.il a partir de Iton Gadol
Foto: Tanya Zion-Waldoks (Pro-Democracy Protest Movement)