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Brasileiros presos por suspeita de tráfico de mulheres

Dois brasileiros com cidadania israelense estão detidos pela Polícia Distrital de Jerusalém, suspeitos de envolvimentos em crimes graves de comando de uma rede de tráfico de mulheres que operava em todo o país.

Os suspeitos, moradores do norte, foram presos depois que evidências foram encontradas ligando-os à liderança de uma rede que traficava mulheres e as fornecia a clientes para serviços sexuais. A suspeita é que os dois administravam uma rede de apartamentos que eram usados ​​como bordéis, nos quais as mulheres eram empregadas na prostituição.

A investigação secreta, que durou cerca de dois meses, começou após a ação dos investigadores da polícia de Jerusalém para localizar bordéis que fornecem serviços de prostituição em Jerusalém, em violação à lei.

À medida que a investigação secreta avançava, os policiais conseguiram descobrir uma rede de tráfico de mulheres, liderada pelos dois suspeitos, que supostamente operavam um “negócio” de forma organizada e sistemática em todo o país.

Segundo a polícia, as investigações realizadas encontraram as evidências contra os dois. O mandado de prisão contra um dos acusados foi expedido em 19 de março.

O advogado de defesa, de um dos suspeitos, Erez Bar Zvi, da Defensoria Pública, alegou que o trabalho do seu cliente era transferir dinheiro, como doleiro não autorizado, e ele está ciente de que nos últimos anos fez transferências para garotas de programa que queriam transferir dinheiro para o Brasil.

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Na manhã de ontem, a investigação se tornou pública quando policiais do Departamento de Polícia e de todas as delegacias de polícia do distrito localizaram os dois suspeitos e 16 mulheres envolvidas em prostituição em apartamentos residenciais em todo o país.

Durante as buscas, grandes somas de dinheiro e vários artefatos foram apreendidos nesses apartamentos. Seis outros suspeitos foram detidos pela polícia.

A investigação revelou que as mulheres eram da América do Sul, na faixa dos 20 anos, que, segundo a polícia, foram trazidas para Israel com o propósito de fornecer serviços sexuais. Após os depoimentos, as mulheres foram transferidas para um abrigo para vítimas de tráfico de mulheres.

Os suspeitos, que são acusados pela polícia entre outras coisas, de crimes de tráfico de pessoas, levar pessoas a deixar o país para fins de prostituição, conspiração para cometer um crime e lavagem de dinheiro, foram presos para interrogatório na sede da Polícia de Jerusalém.

Na audiência sobre o caso de um dos suspeitos, um representante da polícia disse: “O suspeito participa ativamente de uma rede que trafica mulheres e as traz para Israel para se prostituírem. Ele é ativo em questões financeiras e lavagem de dinheiro de pessoas que forneceram serviços sexuais. Esta é uma rede muito grande que opera não apenas em Jerusalém, mas também em outros lugares do país. Este é um caso que atravessa países”.

Segundo o representante da polícia, durante a prisão de um dos suspeitos, foram apreendidos 775.000 shekels, 50.000 dólares e 45.000 euros em dinheiro, totalizando cerca de um milhão de shekels.

Na audiência do segundo suspeito, o representante da polícia observou que, durante seu interrogatório, ele admitiu algumas das acusações atribuídas a ele, principalmente em relação à questão financeira.

Segundo a polícia, os suspeitos faziam parte de uma rede que trazia mulheres do Brasil e sabiam que as mulheres trabalhavam na prostituição.

O juiz Gad Ehrenberg, que revisou os materiais da investigação e ouviu os argumentos das partes, determinou que havia suspeita razoável e estendeu a detenção dos suspeitos até 8 de abril.

Durante toda a investigação e operação, a unidade governamental de coordenação do combate ao tráfico de pessoas e à prostituição, na Divisão Social do Ministério da Justiça, atuou em coordenação com órgãos de fiscalização e a polícia, bem como com o sistema de assistência social e assistentes sociais na área de tráfico de organizações da sociedade civil.

Neste contexto, o representante do governo reconheceu 11 mulheres como vítimas de tráfico de pessoas para fins de prostituição, tendo-as encaminhado para proteção e assistência em abrigos para vítimas de tráfico de pessoas, sob a tutela do Ministério da Assistência Social.

A unidade de coordenação observa que a suspeita inicial surgiu por meio do processo de identificação de vítimas de tráfico de pessoas que opera no Aeroporto Ben Gurion, dentro do qual foi identificada uma nova rota de tráfico de países da América do Sul, até então desconhecida.

Fonte: Revista Bras.il a partir de Posta
Foto: Polícia de Israel. Dinheiro apreendido

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