Cessar-fogo e acordo de reféns são “possíveis” até quinta-feira
As negociações indiretas de cessar-fogo entre Israel e o Hamas foram retomadas nesta segunda-feira em Doha, no Catar, com fontes palestinas expressando otimismo cauteloso de que um acordo, incluindo uma trégua e a libertação de reféns, possa ser finalizado até quinta-feira.
As negociações ocorrem antes de uma reunião agendada entre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e o presidente dos EUA, Donald Trump, na Casa Branca.
O Hamas descreveu as negociações atuais como mais sérias do que as tentativas anteriores e enfatizou que o progresso depende em grande parte da disposição de Israel em atender às principais demandas palestinas.
Essas demandas incluem um cessar-fogo abrangente, a retirada total de Israel de Gaza, ajuda humanitária irrestrita e o fim do bloqueio que afeta mais de dois milhões de palestinos.
No entanto, fontes palestinas disseram à Reuters que a recusa de Israel em concordar com as disposições que permitem a entrada livre e segura de ajuda humanitária em Gaza continua sendo o principal obstáculo que impede o progresso nas negociações.
A redes saudita Al Arabiya e a Al Araby, do Catar, noticiaram que o Hamas insiste em incluir todas as emendas propostas no acordo, o que tem paralisado o progresso. Enquanto isso, a Al Jazeera, do Catar, citou importantes líderes palestinos que acreditam que os esforços conjuntos de mediação do Catar e do Egito poderiam ajudar a garantir um acordo vinculativo com garantias internacionais.
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O canal egípcio Al-Rad noticiou que Israel insiste em canalizar ajuda humanitária por meio da Fundação Humanitária de Gaza e pretende estabelecer novos centros de distribuição. Até o momento, as discussões se concentraram principalmente na entrega de ajuda, sem avanços em outras questões centrais.
Apesar dos obstáculos, fontes do Hamas permanecem esperançosas devido à clara pressão americana para chegar a um acordo rápido. Mediadores continuam seus esforços para finalizar um acordo que poderá entrar em vigor até o final da semana se Israel concordar com os termos palestinos.
Fonte: Revista Bras.il a partir de Ynet
Foto: Wikimedia Commons