Criança dada como morta pelas FDI está viva
O menino de oito anos de Gaza, Abd al-Rahim Muhammad Hamdan (conhecido como Abboud), que os palestinos relataram ter sido morto em maio, foi encontrado vivo, junto com sua mãe, informou a Fox News.
O caso começou no final de maio, quando Anthony Aguilar, ex-agente das forças especiais dos EUA que serviu como contratado e foi demitido da Fundação Humanitária de Gaza (GHF), alegou, após sua demissão, ter testemunhado a morte da criança por fogo das FDI perto de um posto de distribuição de alimentos da GHF.
Segundo seu relato, a criança, então chamada de “Amir”, chegou ao local carregando sacolas de comida, agradeceu com um beijo na mão e no rosto e correu de volta para sua família. Aguilar relatou que, logo depois, o caos se instalou e, após disparos das FDI, ele encontrou a criança “morta com tiros no peito e na perna”.
Seu depoimento foi transmitido pelas principais emissoras, publicado na MSNBC e na Dialogue Works, e até mesmo transmitido diretamente ao senador democrata Chris Van Hollen. Em pouco tempo, Abboud tornou-se um símbolo contra as supostas “violações” cometidas por Israel e pela fundação, suspeitos de colaboração no assassinato de civis palestinos.
A GHF identificou contradições no depoimento de Aguilar, que alterou o local do incidente diversas vezes, e decidiu iniciar uma investigação independente, no final de julho. Por meio de entrevistas com moradores locais e cruzamento de dados biométricos e fotos faciais, os representantes da organização conseguiram localizar a mãe de Abboud, Najla, e a própria criança. Ambos foram identificados com precisão, filmados brincando com funcionários da organização e, há cerca de duas semanas, transferidos em uma operação secreta para um local de distribuição protegido.
No último fim de semana, sob fortes medidas de segurança, a criança, sua mãe e outros familiares foram evacuados de Gaza para um local seguro. “Estar fora de Gaza é bom”, disse Abboud, entusiasmado, conforme traduzido por um representante da organização.
LEIA TAMBÉM
- 04/09/2025 – “Proposta do Hamas é mais uma manobra vazia”
- 03/09/2025 – EAU alertam Israel sobre cruzar “linha vermelha”
- 02/09/2025 – Gabinete discute soberania na Samaria e Judeia
O presidente da fundação, Reverendo Johnnie Moore Jr., emitiu uma declaração contundente. “Estamos muito felizes e profundamente aliviados por Aboud estar bem e por esta história terminar em esperança. Esse desfecho nunca foi garantido, e isso se deve à coragem e à persistência de nossa equipe de heróis americanos. Embora esta história tenha um final feliz, poderia ter terminado em tragédia. Muitas pessoas, inclusive na imprensa e na sociedade civil, foram rápidas em espalhar alegações não verificadas sem fazer as perguntas mais básicas”.
O porta-voz da fundação, Chapman Fay, também esclareceu que “Abboud e sua mãe foram transferidos para um lugar seguro e acreditamos que eles estão a caminho de uma nova vida”. “Meu filho e eu sofremos muito, mas somos gratos a Deus. Agradeço a todos que nos ajudaram e nos apoiaram”.
O caso deixou os críticos de Israel constrangidos, depois que ficou claro que um dos exemplos mais fortes apresentados como evidência de danos intencionais a civis se baseava em informações falsas. A fundação apelou ao público e aos tomadores de decisão para que “se questionem se outras alegações que ouviram sobre a organização não passam de mentiras”.
O incidente se junta a uma série de casos em que falsas acusações foram disseminadas sobre Israel durante a guerra de Gaza e ilustra o quão crítica é a verificação de fatos pelos meios de comunicação antes de disseminar informações, especialmente quando vidas humanas estão envolvidas.
Fonte: Revista Bras.il a partir de Israel Hayom
Foto: Captura de tela (Fox News) e GHF