Enviado dos EUA rejeita resposta do Hamas
O enviado dos EUA, Steve Witkoff, rejeitou no sábado a resposta do Hamas à mais nova proposta de cessar-fogo, classificando-a como “totalmente inaceitável” e enfatizando que ela “só nos leva para trás”.
Uma análise completa da resposta do Hamas mostra que a proposta do grupo terrorista está longe de estar alinhada com a oferta de Israel.
Entre as demandas do Hamas: um cessar-fogo com duração de até sete anos, a retirada total das FDI de todas as áreas capturadas desde março, o cancelamento do novo modelo de distribuição de ajuda humanitária liderado pela Fundação Humanitária de Gaza e o retorno ao sistema de distribuição anterior.
O Gabinete do Primeiro-Ministro respondeu: “Embora Israel tenha concordado com o plano atualizado de Witkoff para a libertação de nossos reféns, o Hamas persiste em sua recusa. Como disse o Enviado Especial do Presidente dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff, a resposta do Hamas é totalmente inaceitável e representa um retrocesso. Israel continuará seus esforços para trazer de volta nossos reféns e derrotar o Hamas”.
O Hamas reclamou da declaração de Witkoff, alegando que “não rejeitou” a proposta e que a declaração de Witkoff é “injusta” e tendenciosa em favor de Israel.
Mais cedo, o Hamas anunciou que havia transmitido sua resposta aos mediadores sobre o “novo plano de Witkoff”, dizendo que a proposta “visa alcançar um cessar-fogo permanente, uma retirada abrangente da Faixa de Gaza e garantir o fluxo de ajuda ao nosso povo e às nossas famílias na Faixa”.
LEIA TAMBÉM
- 31/05/2025 – Hamas responde à proposta de cessar-fogo
- 30/05/2025 – Hamas exige mudanças na proposta de cessar-fogo
- 29/05/2025 – Israel teria aceitado acordo de Witkoff
Segundo o canal egípcio Al-Ghad, o Hamas disse que a libertação dos reféns vivos se daria em três fases: 4 reféns no primeiro dia, 2 no 30º dia e 4 no 60º dia, dez no total. Quanto aos corpos dos reféns mortos, o Hamas também queria que fossem transferidos em três fases: nos dias 10, 30 e 50.
Além disso, o Hamas declarou que, segundo o acordo, os 10 reféns vivos e os 18 reféns mortos seriam libertados em troca de um “número acordado de prisioneiros palestinos”.
Witkoff disse: “O Hamas deve aceitar a proposta de estrutura que apresentamos como base para as próximas negociações, que podemos começar imediatamente na próxima semana”.
Ele acrescentou: “Essa é a única maneira de fecharmos um acordo de cessar-fogo de 60 dias nos próximos dias, no qual metade dos reféns vivos e metade dos que morreram retornarão para suas famílias, e no qual poderemos ter negociações indiretas substantivas de boa-fé para tentar chegar a um cessar-fogo permanente.”
Basem Naim (foto), alto funcionário do Hamas, disse à Reuters que o grupo terrorista não rejeitou a proposta, argumentando que a resposta de Israel era incompatível com o que o grupo concordou.
O ministro do Exterior, Gideon Sa’ar, disse no sábado que o Hamas é responsável pela continuação da guerra. “O Hamas iniciou esta guerra com o massacre de 7/10 e é responsável por sua continuação ao se recusar a libertar nossos reféns e desarmar”, escreveu Sa’ar no X.
“Se a França e o Reino Unido quiserem chegar a um cessar-fogo, a pressão deve ser exercida sobre o Hamas, que continua dizendo Não, em vez de atacar Israel, que diz Sim”, acrescentou, referindo-se às crescentes críticas da Europa sobre a guerra.
Fonte: Revista Bras.il a partir de Israel National News e The Times of Israel
Foto: Captura de tela (X). Basem Naim, do Hamas