FDI lançam operação para prender desertores
As FDI iniciaram uma operação visando indivíduos que não responderam às notificações de alistamento. A polícia militar começou a localizar e deter dezenas de desertores em todo o país, confirmou o exército na terça-feira.
Os militares declararam que a operação não visa apenas impor o alistamento, mas também enviar uma mensagem contundente: a evasão ao recrutamento terá consequências reais. “Um recruta em potencial que não se apresentar para o recrutamento de acordo com as instruções da convocação que recebeu está sujeito a sanções disciplinares ou criminais”, afirmou o exército em um comunicado.
Posteriormente, as FDI alegaram que as prisões fazem parte de uma operação de rotina que ocorre todos os anos.
A operação foi condenada pelos partidos haredi que ameaçaram deixar o governo. Os partidos haredi escreveram ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, na manhã desta terça-feira, para esclarecer que se retirarão imediatamente se as FDI começarem a efetuar prisões.
Membros do partido Judaísmo Unido da Torá disseram à rádio Galei Tzahal que, “se houver prisões, começaremos imediatamente a trabalhar para incapacitar e dissolver o governo. Não entendemos Netanyahu e Katz. Será que eles achavam que ficaríamos parados?”
A prisão de bnei yeshivot (alunos de yeshivá) por se recusarem a servir no exército é algo sem precedentes, que não aconteceu desde a criação do estado.
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Em entrevista concedida pouco antes de Pessach ao HaDerech, a publicação oficial do partido Shas, o líder do partido, Aryeh Deri, emitiu um ultimato contundente: “No momento, Deus nos livre, em que ocorrer um único incidente em que a polícia militar entre em uma yeshivá ou em uma casa e prenda um único aluno da yeshivá, nesse momento, independentemente das circunstâncias, o Shas não poderá permanecer no governo”.
Deri rejeitou as tentativas de transferir a culpa para instituições jurídicas como a Suprema Corte ou a Procuradoria-Geral. “Não importa quem está por trás disso. Não podemos participar de um governo que prejudica os estudiosos da Torá”, declarou. “Não se trata de uma questão política ou tática, mas de um princípio básico”.
Fonte: Revista Bras.il a partir de Israel National News e The Yeshiva World
Foto: FDI