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Hackers dizem ter informações do gabinete de Netanyahu

Um grupo de hackers iranianos afirmou, neste domingo, ter invadido o celular de Tzachi Braverman, chefe de gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, e ameaçou divulgar informações que o ligam ao escândalo do Catargate.

O mesmo grupo afirmou, na semana passada, ter invadido o telefone do ex-primeiro-ministro Naftali Bennett.

Em um comunicado divulgado na plataforma X, o grupo de hackers Handala afirmou ter invadido um iPhone 16 Pro Max pertencente a Braverman, acrescentando que divulgaria detalhes sobre seu suposto envolvimento no escândalo que abalou o gabinete de Netanyahu.

Os primeiros arquivos divulgados supostamente contêm números de telefone de altos funcionários e outras pessoas do círculo íntimo de Netanyahu, incluindo a esposa do primeiro-ministro, Sara Netanyahu.

Existem também vídeos e documentos oficiais aparentemente inofensivos, incluindo um sobre os procedimentos de emergência implementados durante a guerra de junho com o Irã.

O grupo denominou sua operação de Bibi Gate, uma aparente referência ao caso.

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O gabinete do primeiro-ministro disse ao The Times of Israel: “Nenhuma violação foi encontrada. O assunto está sendo investigado”.

“Temos tudo: conversas criptografadas, acordos secretos, indulgências morais e financeiras vergonhosas, abuso de poder, chantagem, subornos. Durante anos, vocês fizeram sua dancinha, pensando que Handala não estava entre vocês. Mas nós estávamos na sala, o tempo todo”, afirmou o grupo de hackers.

“Os arquivos, as vozes, os vídeos, cada fio da vida dupla de Braverman, cada segredo que liga o seu regime ao âmago da corrupção, estão prestes a vir à tona”, escreveu Handala.

No caso Catargate, dois assessores de Netanyahu são acusados de, enquanto trabalhavam para ele, terem atuado em nome do Catar na empresa de relações públicas Perception, chefiada por Israel Einhorn, ex-chefe de campanha de Netanyahu.

Em um outro escândalo, mas relacionado, um dos assessores, Eli Feldstein, admitiu ter vazado informações confidenciais para o jornal alemão Bild, como parte de um suposto esquema para influenciar a opinião pública e aliviar a pressão sobre Jerusalém para chegar a um acordo com o Hamas sobre a libertação dos reféns mantidos em Gaza.

Em uma longa entrevista na semana passada, Feldstein afirmou que Braverman soube de uma investigação secreta das FDI sobre seu vazamento para o jornal Bild meses antes de o caso ser divulgado e o tranquilizou em uma conversa privada, garantindo que a investigação poderia ser arquivada, assim como uma investigação sobre a segurança da informação das FDI, caso Feldstein precisasse.

Durante a entrevista, Feldstein também alegou que Netanyahu estava por trás do vazamento de informações do Bild no ano passado.

Braverman está cotado para se tornar o embaixador de Israel no Reino Unido. Tanto ele quanto Netanyahu negam qualquer envolvimento nos escândalos.

No início deste mês, imagens, contatos e outras informações que o Handala alegava ter obtido do telefone de Bennett foram publicadas em um site supostamente administrado pelo grupo de hackers, e um link para baixar o que alegava ser a lista de contatos do telefone dele foi compartilhado pela conta @Handala_Red no X.

Não havia como confirmar se a conta e o site eram administrados pelo grupo que alegava ter hackeado o telefone do ex-primeiro-ministro. Bennett afirmou que, embora seu telefone em si não tenha sido hackeado, houve acesso não autorizado à sua conta do Telegram.

Junto com a mensagem e a lista de contatos, o Handala publicou diversas imagens de Bennett com sua família e em eventos públicos, além de fotos de várias cartas oficiais que, segundo a publicação, ele teria enviado e recebido.

Bennett, que atuou como primeiro-ministro de junho de 2021 a junho de 2022, é visto como o desafiante mais viável para Netanyahu nas eleições do próximo ano.

Fonte: Revista Bras.il a partir de The Times of Israel
Fotos: Canva e Wikimedia Commons

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