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Hamas condiciona cessar-fogo à abertura de Rafah

Depois que o Gabinete do Primeiro-Ministro anunciou, na noite passada, que Israel está rejeitando as exigências do Hamas por um acordo de cessar-fogo e a libertação dos reféns, uma reportagem árabe revelou as mudanças que a organização terrorista tentou fazer no acordo. Entre as mais significativas: abrir a passagem de Rafah em ambas as direções e interromper as atividades do fundo de ajuda americano.

De acordo com a reportagem, o Hamas está exigindo a introdução de 400 a 600 caminhões de ajuda por dia, o que incluiria alimentos, remédios, estruturas temporárias, como tendas e trailers, além de combustível e materiais de construção para a reconstrução da Faixa.

Além disso, a organização terrorista exige que a entidade responsável seja a UNRWA (cujos funcionários são acusados de estarem entre os terroristas da organização ou a auxiliam), a ONU e outras organizações, mas não o American Relief Fund, que opera em cooperação com Israel e impede que ajuda humanitária chegue ao Hamas.

A exigência da abertura da passagem de Rafah, serviria supostamente para permitir a saída de moradores de Gaza, doentes e feridos que precisam de tratamento médico, bem como a entrada de ajuda humanitária pelo lado egípcio da Faixa, em vez de por Israel. Isso poderia evitar críticas aos pacotes de ajuda que entram em Gaza mas também permitir a entrada de armas e outros meios que fortalecerão a organização terrorista.

Além disso, o Hamas exige um cronograma e uma definição clara das áreas de retirada das forças israelenses, o que incluiria uma retirada completa de toda a Faixa de Gaza, incluindo o eixo Filadelfia, e o retorno às fronteiras existentes antes do massacre de 7 de outubro.

A organização terrorista também exige garantias para o fim dos combates e apoio da comunidade internacional nas negociações que levarão ao fim dos combates.

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O esboço do acordo sugere que se trata de um cessar-fogo de 60 dias, em troca da libertação de 10 reféns vivos e cerca de 15 reféns mortos, número que representa cerca de metade dos reféns ainda mantidos pelo Hamas. No primeiro dia, 8 reféns vivos serão libertados, mas os dois últimos só serão libertados no 50º dia.

Apesar das condições inaceitáveis do Hamas, Israel acredita que “ainda existe a possibilidade de fechar um acordo, e é por isso que foi tomada a decisão de enviar uma delegação ao Catar”.

A delegação israelense que viajará para Doha na noite deste domingo é composta pelo Coordenador para Reféns e Desaparecidos, Gal Hirsch, o alto funcionário “M” do Shin Bet (Agência de Segurança de Israel), o conselheiro político do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, Ophir Falk, e outros representantes das FDI, Mossad e Shin Bet.

Fonte: Revista Bras.il a partir de C14 e The Jerusalem Post
Foto: Wikimedia Commons

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