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Maioria dos palestinos apoia o massacre de 7 de outubro

O apoio palestino ao massacre de 7 de outubro aumentou três pontos percentuais desde maio, passando de 50% para 53%, revelou uma pesquisa da People’s Company for Polls and Survey Research (PCPSR).

Entre 22 e 25 de outubro, 1.200 palestinos foram entrevistados, dos quais 760 residiam em 76 localidades na Samaria e Judeia e 440 em 44 localidades em Gaza, com uma margem de erro de +/-3,5%.

Isso ocorre apesar das expectativas cada vez menores de uma vitória terrorista do Hamas sobre Israel, já que um em cada três habitantes de Gaza prevê um triunfo israelense em meio a um cessar-fogo frágil, mas ainda em vigor, mediado pelos Estados Unidos.

De forma geral, os residentes da Samaria e Judeia expressaram maior apoio ao massacre de 7 de outubro desde a primeira pesquisa realizada em dezembro de 2023.

Os habitantes de Gaza demonstraram um apoio significativamente maior ao acordo mediado pelos EUA do que os da Samaria e Judeia.

Aproximadamente sete em cada dez palestinos já ouviram falar do plano de Trump, de acordo com os resultados da pesquisa, com um apoio ainda maior entre aqueles que estão familiarizados com ele.

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Embora dois terços dos habitantes de Gaza apoiem o acordo, a mesma proporção de entrevistados da Samaria e Judeia se opõe a ele.

Além disso, houve um alto nível de satisfação geral pela libertação dos terroristas por Israel como parte do plano.

A maioria dos entrevistados apoiou a resposta do Hamas ao acordo, mas se opôs ao seu desarmamento. Quase três quartos (70%) dos palestinos. Quase 80% dos entrevistados na Samaria e Judeia e 55% em Gaza se opuseram à entrega das armas pela organização terrorista.

Mais de 60% duvidam que o plano vá acabar com a guerra, e 70% disseram não acreditar que o cessar-fogo resultará em um Estado palestino dentro de cinco anos. Muitos esperam uma retomada dos combates, enquanto quase metade prevê uma normalização das relações com os árabes sem a criação de um estado palestino.

Entretanto, os habitantes de Gaza estão mais otimistas do que os da Samaria e Judeia em relação às reformas na Autoridade Palestina.

A confiança em sua liderança era baixa entre os entrevistados. Havia uma insatisfação generalizada com Mahmoud Abbas, e apenas cerca de 20% dos palestinos expressaram apoio.

Entretanto, 60% dos entrevistados expressaram sua aprovação a um governante do Hamas.

A candidatura à presidência pelo Fatah de Marwan Barghouti, obteria amplo apoio. O Hamas exigiu sua libertação como parte de uma troca de reféns por terroristas, mas Israel recusou.

De um modo geral, existe um profundo ceticismo quanto à viabilidade de planos de paz externos.

“Apesar do imenso sofrimento, os habitantes de Gaza estão demonstrando maior pragmatismo e estão mais abertos a acordos negociados e à governança prática. Por outro lado, os civis na Samaria e Judeia são mais céticos em relação aos planos externos e apoiam mais a luta armada”, afirmou o PCPSR.

Existe também uma forte demanda pública por legitimidade interna através de eleições e segurança autossuficiente, refletindo uma profunda desconfiança na Autoridade Palestina, em Israel e em outros países árabes. A ideia de uma força armada árabe entrar em Gaza para manter a segurança foi rejeitada de forma esmagadora pelos palestinos, com quase 70% expressando sua desaprovação.

Apesar da oposição a uma força árabe, os palestinos expressaram sua aprovação aos aliados regionais. Os Houthis do Iêmen foram os mais populares, seguidos por Catar, Hezbollah, Irã, Turquia, Jordânia e Arábia Saudita.

Em âmbito internacional, a China recebeu o índice de aprovação mais alto, seguida pela Rússia, Espanha, França, Reino Unido e Estados Unidos.

Fonte: Revista Bras.il a partir de Iton Gadol
Foto Revista Bras.il

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