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Milhares de crianças não foram vacinadas contra pólio

Pelo menos 175.000 crianças israelenses não foram vacinadas contra a poliomielite, disse o Canal 12, citando o Ministério da Saúde.

O ministério pede aos pais de crianças que ainda não foram vacinadas que levem seus filhos a um centro de saúde para que recebam a vacina.

A informação foi divulgada depois que o departamento de saúde de Nova York pediu que seus residentes fossem vacinados contra a poliomielite antes de viajar para Israel, onde várias crianças testaram positivo para o vírus recentemente.

No comunicado, as autoridades de saúde do estado americano convocaram os nova-iorquinos que viajam para Israel “para serem totalmente imunizados” contra a poliomielite e enfatizaram que “a imunização contra a poliomielite é segura, eficaz e uma proteção fundamental para manter seus filhos saudáveis ​​e seguros”.

Em 2022, uma menina de quatro anos de Jerusalém foi diagnosticada com a doença, que causa paralisia infantil. Hoje a menina ainda está hospitalizada e em reabilitação.

Após seu diagnóstico, várias outras crianças que haviam contraído o vírus foram identificadas. Recentemente, mais quatro crianças da região norte de Israel, que não foram imunizadas para o vírus, foram infectadas. As autoridades de saúde alertam que pelo menos 175.000 crianças em Israel não são vacinadas e correm o risco de contrair a doença.

De acordo com o Ministério da Saúde, o último caso de poliomielite do país foi identificado na cidade de Safed, no norte do país. O Distrito Norte do ministério realizou uma investigação epidemiológica, durante a qual se constatou que mais três crianças testaram positivo para o vírus, mas não desenvolveram sintomas nesta fase.

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O tratamento da doença não mudou muito desde a década de 1950, quando atingiu Israel pela primeira vez e deixou milhares de crianças incapacitadas. Aqueles que contraíram poliomielite quando crianças também correm alto risco de desenvolver a síndrome pós-pólio na idade adulta, uma condição grave que causa incapacidade física mesmo anos após a infecção.

A Dra. Sharon Alroy-Preis, chefe dos Serviços de Saúde Pública do Ministério da Saúde, disse na semana passada que “um caso de paralisia clínica é uma bandeira vermelha que nos diz que existem centenas, senão milhares, de pessoas portadoras do vírus e torna claro que a poliomielite está fora de controle em Israel”.

A poliomielite é uma doença infecciosa causada por um vírus intestinal chamado poliovírus. O vírus entra no corpo por meio de um processo chamado “transmissão fecal-oral” ou seja, pela boca de uma pessoa que entrou em contato com uma matéria contaminada pelo vírus na comida ou nas mãos.

Corre o risco de contrair pólio, qualquer pessoa não vacinada, bem como pessoas com imunodeficiência.

Em mais de 90% dos casos, o vírus não provoca nenhum sintoma. Em cerca de 10% dos casos, pode haver sintomas leves, como febre alta, dores de cabeça e fadiga muscular. Em 1% dos casos, o vírus penetra no sistema nervoso e causa paralisia, geralmente nas pernas. Em casos ainda mais raros, o vírus pode causar paralisia dos músculos respiratórios e morte.

A forma mais eficaz de prevenção é através da vacinação. Outra medida importante é lavar as mãos com água e sabão após usar do banheiro, tocar em alimentos e trocar fraldas.

Existem dois tipos de vacinas disponíveis em Israel, a gotinha e a injetável. A primeira é a vacina inativada de IPV. No caso de uma infecção, uma vacina viva enfraquecida chamada OPV pode ser administrada. As vacinas OPV não apenas protegem a pessoa vacinada, mas também evitam que carreguem o vírus em seu sistema digestivo e infectem outras pessoas.

Fonte: Ynet
Foto: Canva

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