Netanyahu diz que houve avanço para acordo de reféns
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou, na terça-feira, que houve “progresso significativo” nos esforços para garantir a libertação dos reféns restantes em Gaza, mas que era “muito cedo” para criar esperanças de que um acordo fosse alcançado.
Apesar dos esforços dos Estados Unidos, Egito e Catar para restaurar um cessar-fogo em Gaza, nem Israel nem o Hamas demonstraram disposição para recuar em suas principais demandas, com cada lado culpando o outro pelo fracasso em se chegar a um acordo.
Netanyahu, que vem sofrendo pressão de sua coalizão para continuar a guerra e bloquear a entrada de ajuda humanitária em Gaza, afirmou em um comunicado em vídeo compartilhado por seu gabinete que houve progresso, sem fornecer detalhes.
Uma fonte familiarizada com as negociações disse que Washington vinha dando mais garantias ao Hamas, na forma de medidas que levariam ao fim da guerra, mas afirmou que as autoridades americanas é que estavam otimistas, não as israelenses. A fonte afirmou que havia pressão de Washington para que um acordo fosse fechado o mais rápido possível.
“Há um acordo sobre a mesa. O Hamas deve parar de agir de forma imprudente e aceitá-lo”, disse um funcionário do Departamento de Estado quando questionado se os EUA concordavam com a declaração de Netanyahu sobre o andamento das negociações.
“O presidente Trump deixou claras as consequências que o Hamas enfrentará se continuar a manter os reféns, incluindo os corpos de dois americanos”, acrescentou o funcionário, falando sob condição de anonimato.
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Duas fontes do Hamas disseram à Reuters que não tinham conhecimento de nenhuma nova oferta de cessar-fogo.
A liderança israelense afirmou que travaria guerra até que os 55 reféns restantes mantidos em Gaza fossem libertados e até que o Hamas, cujo ataque de outubro de 2023 desencadeou a guerra, fosse desmantelado.
O Hamas, que governa Gaza desde 2007, afirmou que não governaria mais após a guerra se um comitê tecnocrático palestino e apartidário assumisse o poder, mas se recusou a se desarmar.
Os EUA propuseram um cessar-fogo de 60 dias entre Israel e o Hamas. Israel afirmou que cumpriria os termos, mas o Hamas propôs alterações. A organização terrorista afirmou que libertaria todos os reféns em troca do fim permanente da guerra.
A guerra em Gaza começou depois que terroristas liderados pelo Hamas mataram 1.200 pessoas em Israel no ataque de outubro de 2023 e levaram 251 reféns ao enclave, segundo dados israelenses.
Fonte: Revista Bras.il a partir de Reuters
Foto: Benjamin Netanyahu – בנימין נתניהו (X)