O dilema de Rafah
Ao contrário do que foi publicado ontem em diversos meios de comunicação, os restos mortais de Hadar Goldin (foto) não estão no complexo subterrâneo em Rafah, onde cerca de 80 a 100 terroristas do Hamas estão entrincheirados, mas sim em outro complexo subterrâneo na mesma área.
Hadar Goldin, tenente da Unidade de Reconhecimento Givati, foi sequestrado durante a Operação Margem Protetora em 2014. Ele foi morto em combate em Rafah quando sua unidade operava na localização de túneis do Hamas.
Um segundo complexo onde os terroristas estão entrincheirados encontra-se sob ofensiva. Embora acredite-se que eles tenham estocado comida e água suficientes para um longo período, não se descarta completamente a possibilidade de que ainda possuam uma rota de fuga que os conecte ao território controlado pelo Hamas na Faixa de Gaza.
As FDI estão escavando nesse complexo e realizando buscas intensivas pelos restos mortais de Hadar, mas trata-se de um complexo com centenas de metros de comprimento em cada lado, e até o momento não foi possível localizar os restos mortais.
Segundo o chefe do Estado-Maior, se o Hamas quiser negociar uma saída segura para os terroristas, deverá devolver os reféns mortos, a começar por Goldin. Israel estima que o Hamas tenha informações sobre a localização exata.
Quanto ao segundo complexo onde os terroristas estão sitiados, ele ainda não foi destruído devido às dificuldades operacionais inerentes ao trabalho de destruição dos túneis, mas está sob ofensiva e está gradualmente sendo reduzido.
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Ontem de manhã foi publicado que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu apoiou o “acordo” proposto pelo chefe do Estado-Maior, Eyal Zamir, na noite anterior, segundo o qual ele apoia a libertação dos terroristas presos no túnel de Rafah em troca do corpo do tenente Hadar Goldin. Entretanto o primeiro-ministro afirmou que isso é inaceitável, visto que, de acordo com o esboço atual, o Hamas já se comprometeu a devolver Goldin.
Netanyahu esclareceu em conversas fechadas: “Os terroristas do Hamas nos túneis têm apenas duas opções: ou se rendem ou permanecem no subsolo. O Hamas é obrigado a devolver todos os reféns mortos, conforme estipulado no esboço; não haverá acordo.”
Fonte: Revista Bras.il a partir de C14
Foto FDI

