“Proposta do Hamas é mais uma manobra vazia”
Na noite desta quarta-feira, a organização terrorista Hamas anunciou oficialmente que está pronta para iniciar negociações sobre um acordo abrangente para libertar todos os reféns e encerrar os combates na Faixa de Gaza.
O primeiro-ministro Netanyahu respondeu ao anúncio do Hamas: “Infelizmente, esta é mais uma manobra do Hamas sem nenhuma novidade. A guerra pode terminar imediatamente sob as condições estabelecidas pelo gabinete. Somente essas condições impedirão o Hamas de se rearmar e repetir o massacre de 7 de outubro indefinidamente, como promete”.
Autoridades israelenses descreveram a declaração como uma tentativa de “propaganda” da situação e reafirmaram que o conflito não terminará sem o cumprimento de condições específicas.
Segundo o gabinete do primeiro-ministro, a declaração do Hamas constitui uma nova tentativa de “contornar” o conflito, sem introduzir elementos substantivos nas negociações.
Netanyahu e o ministro da Defesa Israel Katz enfatizaram que a guerra só pode terminar se cinco condições forem atendidas: a libertação de todos os reféns, o desarmamento do Hamas, a desmilitarização de Gaza, o controle da segurança israelense na Faixa de Gaza e o estabelecimento de uma administração civil alternativa que não incentive nem realize atividades terroristas.
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Katz observou que o Hamas “continua a enganar com palavras vazias, mas logo entenderá que precisa escolher entre duas opções”. Ele enfatizou que o grupo precisa aceitar as condições israelenses para encerrar o conflito ou enfrentar uma situação semelhante à observada em Rafah e Beit Hanun, onde as FDI intervieram integralmente. “As Forças de Defesa de Israel estão totalmente preparadas”, acrescentou.
Por sua vez, o gabinete de Netanyahu esclareceu que somente o cumprimento dessas condições impediria o Hamas de se rearmar e repetir os ataques massivos de 7 de outubro, como a organização declarou publicamente sua intenção de fazer. A declaração reforça a posição de Israel de manter a pressão militar até que a segurança do país e a libertação de todos os reféns sejam garantidas, sem comprometer os objetivos estratégicos de desarmamento do grupo terrorista.
A recusa de Israel em aceitar as propostas do Hamas destaca o persistente abismo entre os dois lados e a complexidade de avançar em direção a um acordo humanitário e político em Gaza. Os líderes israelenses insistem que quaisquer negociações devem garantir tanto a proteção dos civis quanto a neutralização de ameaças futuras, estabelecendo uma estrutura de controle e supervisão para impedir o ressurgimento de atividades terroristas.
Dezenas de milhares de reservistas se mobilizaram esta semana em preparação para a possível entrada na Operação “Carruagens de Gideão II”, que inclui uma invasão terrestre da Cidade de Gaza na tentativa de eliminar completamente o Hamas.
Fonte: Revista Bras.il a partir de Iton Gadol e N12
Foto: GPO