Quando a muralha começa na alma do povo
Por Beno Kirschbaum. Guia de turismo. https://www.facebook.com/beno.kirschbaum
Hoje, 16 de junho de 2025, há milhares de israelenses espalhados pelo mundo, aguardando uma oportunidade de voltar para casa, enquanto o espaço aéreo permanece fechado para voos civis.
Eles não buscam escapar. Querem voltar para estar junto de suas famílias e de seu povo. Porque, em Israel, permanecer unido em tempos de ameaça não é apenas instinto: é parte da defesa nacional.
Para nós, a guerra não começa com as armas. Ela começa com os princípios que sustentam nossas escolhas.
Assim foi nos dias de Ezequias, quando Jerusalém foi sitiada pelos assírios: o rei não apenas ergueu defesas; organizou o povo, designou tarefas, orientou cada um em sua responsabilidade e, com união e coragem, manteve a cidade de pé (2 Crônicas 32). Este mesmo espírito continua a sustentar Israel até hoje.
O último ano e meio nos trouxe lições duras. As divisões internas nos enfraqueceram, abriram rachaduras perigosas na nossa unidade e comprometeram nossa capacidade de resposta. Pagamos um preço amargo.
Mas a força de Israel sempre esteve em reconhecer as falhas, corrigir o caminho e reafirmar os valores que nos mantêm firmes.
Agora, diante da maior ameaça existencial das últimas décadas (a corrida nuclear do Irã), nossa estratégia continua ancorada nesses mesmos valores.
Enquanto o Irã investe em armas ofensivas, tecnologia nuclear e milícias armadas com o objetivo declarado de destruir Israel, nós investimos na vida. Protegemos nossa população. Fortalecemos nossa coesão.
Ao lado de nossas forças armadas, atua o Pikud Ha’Oref, Comando da Frente Interna, parte integrante das Forças de Defesa de Israel. Ele organiza a retaguarda: sirenes, abrigos, evacuações e protocolos de emergência, preparando cada cidadão para o seu papel.
Em um território pequeno como o nosso, onde quase não há retaguarda geográfica, cada pessoa consciente se torna uma pedra a mais na muralha que protege o país.
Essa capacidade de resistência permite ao exército o tempo e a estabilidade necessários para alcançar seus objetivos.
Em muitas nações, ataques desta intensidade paralisariam a sociedade rapidamente. Em Israel, a força da retaguarda é, em si, uma forma viva de resistência.
Enquanto isso, o regime iraniano não só ameaça seus vizinhos, mas também oprime o próprio povo, sob um sistema teocrático que sufoca liberdades, viola direitos e governa pelo medo.
Eu sei que este sentimento também toca muitos de vocês: o desafio constante entre medo e coragem, entre ameaça e resistência, entre liberdade e opressão. Mas em breve, com a ajuda de Deus, venceremos e juntos mudaremos o rumo da história, para que a vida e a liberdade prevaleçam.
Já no segundo semestre de 2025, esperamos vê-los em Jerusalém para caminhar conosco pelas páginas vivas da Bíblia e testemunhar, juntos, a fidelidade Daquele que guarda Israel.
Leshaná habaá birushalayim (ainda este ano, em Jerusalém).
Foto: RawPixel
AM ISRAEL CHAI! Valorosos irmãos israelenses! Povo JUDEU Unido!