Universidade de Tel Aviv incentiva textos contra Israel

3 de agosto de 2025 Marcia Sasson

O periódico Israeli Sociology (Sociologia Israelense), publicado pela Sociedade Sociológica Israelense e afiliado à Faculdade de Ciências Sociais da Universidade de Tel Aviv, lançou uma polêmica chamada para artigos, convidando pesquisadores a escrever “ensaios em tempo real” sobre o que descreve como “a transformação de Israel em uma sociedade que permite a destruição sistemática”.

O chamado, publicado abertamente pelo conselho editorial do periódico, faz acusações severas contra Israel, incluindo assassinatos diários de inocentes, limpeza étnica e fome deliberada de civis, uma linguagem que lembra libelos de sangue antissemitas e propaganda anti-Israel grave, agora surgindo de dentro de uma universidade israelense.

Um e-mail enviado a acadêmicos afirmou: “Diante das ações desumanas de Israel em Gaza, incluindo assassinatos diários de inocentes, destruição sistemática de casas e infraestrutura, fome e negação de serviços básicos de vida à população civil, nossa capacidade de manter a narrativa de uma resposta necessária ao 7 de outubro está se deteriorando”.

“A ‘Sociologia Israelense’ está lançando uma seção online especial para ensaios curtos, em tempo real, sobre como a sociedade israelense passou a permitir a destruição sistemática e a desviar o olhar dos horrores cometidos em seu nome”.

A iniciativa recebeu duras críticas de acadêmicos, políticos e figuras públicas, muitos dos quais acusam a Universidade de Tel Aviv de se tornar, há muito tempo, um reduto do antissionismo radical sob o disfarce de academia. “Isso é propaganda contra o Estado de Israel em tempos de guerra, não pesquisa acadêmica”, disse uma conhecida figura acadêmica.

“O fato de isso estar sendo publicado dentro de uma universidade israelense é uma vergonha nacional”. Os ensaios convidados abordarão tópicos como “as causas sociais que permitem a continuidade da política em Gaza” e “a fronteira entre vitimizador e vítima”, formulações que parecem confundir a linha entre os terroristas do Hamas, que lançaram o brutal massacre de outubro, e um estado democrático que defende seus cidadãos ao mesmo tempo em que adere a valores morais.