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Yair Netanyahu indicado para o conselho da OSM

Na noite de quarta-feira, o partido Likud indicou Yair Netanyahu, filho do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, para um cargo no conselho da Organização Sionista Mundial (OSM), ameaçando um acordo de compromisso alcançado no início do dia sobre nomeações em importantes instituições sionistas.

A votação sobre a nomeação de Yair Netanyahu para chefiar o departamento de Hasbará foi posteriormente adiada por duas semanas, após ter sido anunciada pelo ministro da Cultura, Miki Zohar, do Likud. Em resposta, os partidos de oposição Yesh Atid e Democratas declararam que não concordariam mais com o acordo sobre os próximos líderes da Organização Sionista Mundial  e do Fundo Nacional Judaico-KKL.

O filho mais novo de Netanyahu, que passou grande parte dos últimos dois anos morando em Miami, na Flórida, é mais conhecido por sua presença inflamada nas redes sociais e por sua associação com diversos políticos e figuras da extrema-direita europeia e americana.

Segundo relatos da mídia israelense, o cargo para o qual ele foi indicado inclui um gabinete, um carro oficial e um salário compatível com o de um ministro de governo.

“Ficamos chocados ao saber dessa decisão desprezível”, disse o partido Yesh Atid, do líder da oposição Yair Lapid, prometendo ainda que “não assinará nenhum acordo desse tipo”. Lapid acrescentou: “Não vai acontecer. Ponto final”.

O presidente do partido Democrata, Yair Golan, chamou Netanyahu de “uma pessoa desprezível que dedicou sua vida à destruição e à divisão” e disse que “ele é indigno de representar o povo judeu”, declarando ainda: “Não permitiremos que isso aconteça”.

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Em defesa da medida, Zohar afirmou em uma postagem no X que, por muitos anos, figuras da esquerda “trabalharam para nomear parentes e associados para cargos em instituições nacionais”.

Zohar, que foi filmado discutindo acaloradamente com um ministro do partido Otzma Yehudit, da coalizão, sobre o acordo que o Likud firmou com o Yesh Atid e outros, disse que “de repente, quando se trata do Likud e de Netanyahu, tudo vira uma tempestade”.

O ministro denunciou a “demonstração repugnante de hipocrisia maliciosa” contra o jovem Netanyahu, que, segundo ele, “apenas queria promover a defesa do sionismo na Diáspora em prol do povo judeu”.

Nos termos do acordo não assinado que agora está em risco, o rabino Doron Perez, presidente do movimento religioso sionista Mizrachi Mundial – e pai do capitão Daniel Perez, que foi morto no ataque do Hamas em 7 de outubro e cujo corpo foi mantido em cativeiro em Gaza por dois anos – seria o próximo presidente da Organização Sionista Mundial. Na metade de seu mandato de cinco anos, ele seria substituído por um representante do partido Yesh Atid.

O deputado Meir Cohen, do Yesh Atid, assumiria a presidência do Fundo Nacional Judaico-KKL, aposentando-se da Knesset após 12 anos. Ele seria substituído no meio de seu mandato por um representante do Likud.

Uma fonte da OSM descreveu o acordo como um compromisso equilibrado entre os blocos liberal e conservador, baseado no tamanho relativo de cada bloco. Durante o mandato anterior, ambas as posições foram ocupadas por figuras do Likud, Yaakov Hagoel e Ifat Ovadia-Luski.

A fonte acrescentou que uma tentativa de partidos de direita de assumir o controle de ambos os cargos foi frustrada por uma posição unificada entre os partidos pluralistas.

Fonte: Revista Bras.il a partir de The Times of Israel
Foto: Miri Shimonovich (U.S. Embassy Jerusalem, via Wikimedia Commons)

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