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A guerra Israel-Hamas

Por David S. Moran

A cruel guerra iniciada pela invasão de tropas do Hamas para Israel, no sábado, 7/10, continua. De um lado a organização terrorista Hamas-Daesh (ISIS) continua lançar diariamente dezenas e até centenas de misseis, contra alvos civis israelenses.

Na terça-feira, enquanto passeava perto de casa foi acionado o alarme e tivemos que correr para entrar no abrigo. Em Herzliya, há tempo de 90 segundos. Felizmente, o Domo de Ferro derruba a grande maioria dos mísseis e foguetes lançados e que penetrariam em Israel. A maioria dos misseis cai na própria Faixa de Gaza, como foi o caso do “hospital onde morreram 500 pessoas” segundo Hamas. Até mesmo meios de comunicação que tendem ao lado palestino, tiveram que se retratar diante das provas explicitas lhes foram apresentadas. O míssil foi lançado do cemitério atrás do hospital e logo após o fracassado lançamento caiu no estacionamento do hospital. Matou de 10 a 50 pessoas.

Por outro lado, Israel mobilizou centenas de milhares de soldados da ativa e reserva, prontos para entrar em Gaza. As Forças de Defesa de Israel advertiram os residentes do norte da Faixa de Gaza para evacuarem à região ao sul do Rio Gaza. Receberam telefonemas nos celulares e enviaram panfletos de aviso. Ao mesmo tempo incentivaram-nos a dar detalhes de sequestrados levados a Gaza, para receberam compensação financeira.

Enquanto isto, a Força Aérea de Israel continua a bombardear bases e casas pertencentes ao Hamas e à Jihad Islâmica, que muitas vezes se escondem em áreas habitadas, que foram evacuadas pelos avisos dados pela FDI.

Na fronteira libanesa, a Hizballa continua seus ataques de pequena escala, que recebem imediata resposta das FDI. O líder desta organização teve uma conferência com líderes do Hamas-Daesh e da Jihad Islâmica (o Eixo do Mal). A grande pergunta é qual será a reação da Hizballah quando tropas de Israel invadirem a Faixa de Gaza para exterminar o perigo constante, que é o Hamas.

Até a terça-feira (25), pelo menos 1.400 israelenses tinham sido assassinados, 5.431 feridos, 224 sequestrados e 100 desaparecidos. Diante da tensão na fronteira com a Faixa de Gaza e no norte do país, foram evacuados 120.000 cidadãos, até mesmo da cidade de Kiriat Shmona. A cidade de Eilat triplicou sua população com a chegada de 60.000 pessoas, numa cidade de 30.000, em dias comuns.

As tropas das FDI estão em prontidão e a ordem de avançar não vem. Uns acham que é por pressão americana. Parece que os EUA que aprenderam a lição de Vietnam, Afeganistão e do Iraque e querem que Israel use mais a força aérea, para evitar mais baixas. Uma outra causa é o receio do primeiro-ministro Netanyahu, que sobre ele há muitas pressões para que se demita e acusações de que reescreve a história, para sair melhor. As notícias dão conta de que há tensão entre o Exército, com o Ministro da Defesa, Gallant (Likud) e o Primeiro-Ministro Netanyahu. Para piorar as relações, ele chamou para consultas o ex-comandante das Forças Armadas, Tenente-General Gabi Eskenazi, que não é bem visto por Gallant e o General Aharon Brick, que é crítico da preparação do Exército.

Radicalismo. O grande problema de Israel, que é um baluarte avançado do Ocidente, numa região de países retrógrados em seus pensamentos e religião. Os mal informados pensam que a organização terrorista Hamas representa os palestinos, ou o movimento nacional palestino e estão enganados. Hamas quer constituir uma nação islâmica que se tivesse sucesso, se estenderia com força e violência ao Ocidente.

O Hamas-Daesh-ISIS é uma organização fundamentalista islâmica, filial da Daesh (Dawla al Islamiya, em árabe, que significa o estado islâmico). Sua ideologia é a mesma das organizações jihadistas mundiais. É a mesma que Al Qaeda, Boko Haram e outras, que vêm no Ocidente, inclusive o Brasil e principalmente os EUA, países dos infiéis, das cruzadas. Tem divergência com a Fatah e a Autoridade Palestina. Depois de vencer as eleições na Faixa de Gaza, em 2006 e tomar o poder em 2007, livrou-se dos ativistas da Fatah jogando-os dos tetos para baixo, ou com simples tiros.

Chamo de retrógrados pois as mulheres não têm os mesmos direitos dos homens, os gays muito menos e correm o risco de perder a vida, e suas leis datam da época do Maomé, no Século VII.

Israel ainda não entrou na Faixa de Gaza com forças terrestres e uma das razões é tentar trazer de volta os 224 sequestrados pelo Hamas-Daesh. Há negociações a respeito. Porém, o Hamas brinca com os nervos dos israelenses. Libertou duas mulheres de cidadania americana, que já é um tipo de selecionar e diferenciar dos israelenses. Depois libertou mais duas senhoras com mais de 80 anos e doentes. Israel quer libertar todos, como um todo. Está disposto a libertar milhares de terroristas presos em cárceres e que não permaneçam na região. Quem trata destas negociações entre o Hamas e Israel, é o Catar e os Estados Unidos. Catar que é o patrono da organização terrorista Hamas.

Catar. Tem população de 2,2 milhões de habitantes, dos quais apenas 200.000 são nativos e cerca de 2 milhões servos que lhes atendem. Sua riqueza advém do petróleo e gás que tem em abundância. Recebeu sua independência da Inglaterra em 1971. É a principal fonte atrás do Hamas e o financia desde 2007, passando-lhe bilhões de dólares, transformando esta organização num monstro terrorista. Sua rede de telecomunicação, a Al-Jazeera, serve o Hamas, bem como a Irmandade Muçulmana e outras organizações radicais. O Catar consegue pela sua riqueza jogar nos dois campos. É um país radical, mas tem enorme presença militar americana. Teve representação de Israel em 1995 e a fechou em 2000, mas sempre manteve contatos.

Apesar das negociações pela libertação dos israelenses sequestrados (que não vai ser fácil e nem rápido), o Hamas continua lançar misseis e foguetes em direção a Israel e a Força Aérea de Israel continua a bombardear alvos militares e túneis em Gaza. Certamente as fotos de lá mostram muita destruição, que Israel até lamenta, mas está decidido a acabar com os terroristas do Hamas-Daesh de uma vez por todas. Israel lamenta quando civis são afetados, mas o Hamas sempre buscou esconder-se atrás de civis. O ódio ao Estado de Israel e aos judeus é ensinado nas escolas da UNRWA, agência da ONU exclusiva para refugiados palestinos e seus descendentes. Algo que não existe para refugiados de outras nações.

No norte, terroristas da Hizballah, que já destruíram o próspero Líbano, continuam atentar contra Israel, em pequenas proporções. Israel imediatamente responde e liquida as patrulhas que atiraram. Ninguém pode saber qual será a reação da Hizballah, se e quando tropas israelenses entrarem na Faixa de Gaza. O Irã está disposto a sacrificar o Nasrallah e sua organização terrorista, se servirem sua causa. A população libanesa do sul do país, saiu de suas casas para buscar refúgio mais no norte do país.

Reação do Secretário-Geral da ONU, Antônio Gutierrez. Ele falou e justificou a atrocidade cometida no sábado (7/10) com: “é importante reconhecer que os atos do Hamas não aconteceram num vácuo. O povo palestino foi submetido a 56 anos de ocupação sufocante”. Ante a violenta critica de Israel e de outros países, o Secretário-Geral tentou corrigir sua asneira. Como o chefe de uma organização que busca manter a paz no mundo pode justificar ataque brutal a povoados civis, onde os selvagens do Hamas matam todos pela frente, estrupam mulheres e jovens e decapitam bebês e adultos e depois os queimam?

O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que é islamista de terno, governa um enorme país euroasiático, sempre deixa escapar sua reação islâmica. No seu parlamento discursou: “O Hamas não é uma organização terrorista. Ela cuida dos direitos dos palestinos. Na ONU apertei a mão do Netanyahu, mas não vou visitar Israel”. Estava programado para visitar. Este é o Erdogan, que persegue e mata curdos e que invadiu o norte da Síria e a ocupa.

Outro que age criticando Israel e não tem moral para fazê-lo é o Putin, que invadiu a Ucrânia, mata aos milhares, sem escrúpulos, cidadãos inocentes.

CURTAS

Jornalista inglês diz que a mídia ocidental é obsessiva tratando de Israel

O jornalista Douglas Murray diz que a reação da mídia ocidental é obsessiva a respeito da reação não proporcional, só quando se trata de Israel reagindo às mortes causadas pelo Hamas. A barbaridade do Hamas não pode ser respondida de forma proporcional. Por que Israel tem que conter a situação do Hamas lançando misseis contra Israel, tem que ficar de braços cruzados? questiona. Murray acredita que a reação do Ocidente é devido ao antissemitismo. Existe uma nova geração que é ignorante e não conhece a história de Israel e da ligação do seu povo com a Terra de Israel.

Economista Nouriel Roubini em entrevista a Eitan Ariel disse: “Tudo o que Netanyahu fez foi um desastre. Ele tem que se demitir. Israel precisa se livrar dele. O presidente Biden não gosta dele. Sua tentativa de manter boas relações com Putin, lhe explodiu na cara. Na melhor hipótese, a economia israelense sofrerá um resfriamento, na menos boa terá recessão”. A agência S&P baixou o rating de Israel de estável para negativo. Prevê que a economia israelense vai encolher num ritmo anual de 18%, neste semestre.

Netanyahu numa coletiva com o presidente francês Macron. “Hamas é o novo nazismo. Eles são selvagens não só com respeito a judeus, também em relação a Europa, o Oriente Médio e o mundo todo”.

Foto: Lema que corre por Israel, Beyachad Nenatzeach, Juntos Venceremos

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