Acordo de cessar-fogo deve ser assinado esta tarde
O presidente dos Estados Unidos Donald Trump anunciou, na madrugada desta quinta-feira, que um acordo foi alcançado entre Israel e o Hamas em relação à primeira fase do acordo para libertar os reféns, segundo o qual os 48 reféns mantidos na Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023 serão devolvidos a Israel.
“Tenho muito orgulho de anunciar que Israel e o Hamas aprovaram a primeira fase do nosso plano de paz. Isso significa que todos os reféns serão libertados muito em breve, e Israel retirará suas forças para a linha acordada como o primeiro passo em direção a uma paz forte, estável e duradoura”, escreveu o presidente americano em sua conta nas redes sociais.
“Todas as partes serão tratadas com justiça! Este é um grande dia para o mundo árabe e muçulmano, para Israel, para todos os países vizinhos e para os Estados Unidos da América. Agradecemos aos mediadores do Catar, Egito e Turquia, que trabalharam conosco para que este evento histórico e extraordinário acontecesse. Abençoados sejam os pacificadores!”, concluiu Trump.
Uma fonte estrangeira envolvida nas negociações disse que os reféns devem ser libertados neste sábado. “Esperamos que isso leve ao progresso na segunda fase do acordo. Este é o fim do sofrimento de muitas famílias”, acrescentou a fonte.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu emitiu uma declaração à mídia na qual escreveu que convocaria o governo “para aprovar o acordo e trazer todos os nossos preciosos reféns para casa”.
“Agradeço aos heroicos soldados das FDI e a todas as forças de segurança, graças à coragem e ao sacrifício de todos, que nos permitiram chegar até aqui. Agradeço do fundo do coração ao presidente Trump e à sua equipe pela mobilização nesta missão sagrada de libertar nossos reféns. Com a ajuda de Deus, juntos continuaremos a alcançar todos os nossos objetivos e a expandir a paz com nossos vizinhos”, acrescentou Netanyahu.
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O Hamas também emitiu uma declaração em seu nome, anunciando a conclusão de um acordo “determinando o fim da guerra em Gaza, a retirada da ocupação, a entrada de ajuda humanitária e a troca de prisioneiros”.
“Agradecemos imensamente os esforços dos irmãos mediadores do Catar, Egito e Turquia, e também apreciamos os esforços do presidente dos EUA, Donald Trump, para pôr fim à guerra e promover a retirada completa da ocupação da Faixa de Gaza. Apelamos ao presidente Trump, aos países garantidores do acordo e a todas as partes árabes, islâmicas e internacionais para que obriguem o governo de ocupação a cumprir todas as obrigações do acordo e não permitam que ele se esquive da implementação do que foi acordado”, afirmou a organização terrorista.
O anúncio provocou reações emocionadas, mas também cautelosas, entre as famílias dos 48 reféns ainda em cativeiro. Em um comunicado, o fórum que representa as famílias expressou “entusiasmo, impaciência e apreensão” com a notícia. “Este é um passo importante e significativo na jornada de todos para casa, mas nossa luta não acabou e só terminará com o retorno da última pessoa sequestrada”, disseram.
O grupo também elogiou a “liderança e determinação” do presidente Trump e sua equipe, que possibilitaram esse “avanço histórico” rumo ao fim da guerra e à devolução de todos os reféns. No entanto, as famílias enfatizaram a urgência da situação, instando o governo israelense a se reunir e aprovar o acordo “imediatamente”. “Qualquer atraso pode custar caro para os reféns e os soldados”, alertaram.
O acordo deve agora ser submetido à votação do governo israelense. As famílias dizem estar “convencidas” de que Benjamin Netanyahu “obterá maioria absoluta” para sua implementação, enfatizando que a devolução de todos os reféns, “vivos e mortos”, constitui um “dever moral e nacional”.
O presidente dos EUA, Donald Trump, viajará para o Oriente Médio na sexta-feira, disse a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, nesta manhã, depois que Trump anunciou o acordo fechado entre Israel e o Hamas para encerrar a guerra em Gaza e libertar todos os reféns.
Um porta-voz do governo israelense disse que a libertação dos reféns começará no sábado, segundo a Reuters. Em entrevista à Fox News, Trump disse esperar que os reféns sejam libertados “provavelmente” na segunda-feira.
Fonte: Revista Bras.il a partir de Kan e The Jerusalem Post
Foto: Telegram (usado de acordo com a cláusula 27a da lei de direitos autorais)
