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Aliá mantém tendência de queda, em 2023

Relatório interno da Agência Judaica divulgado pelo Ynet indica queda vertiginosa no número novos imigrantes, este ano, em comparação com o mesmo período do ano passado.

Excluindo a aliá da Etiópia e dos países da antiga União Soviética, a imigração para Israel sofreu um declínio acentuado nos primeiros seis meses de 2023.

O colapso dos números de imigração para Israel, especialmente de judeus da América do Norte, América Latina e Europa Ocidental, coincidiu com o anúncio do ministro da Justiça, Yariv Levin, de seu plano de reformar o sistema jurídico do país, que tem provocado protestos nos últimos meses.

O ministro da Integração e aliá, Ofir Sofer, expressou reservas sobre a vinculação dos números lentos da aliá com o plano legal do governo.

“É difícil explicar os motivos dessa queda. É muito fácil chegar e dizer que está relacionado à situação atual. Mas esse processo começou há mais de um ano e meio. Ainda em 2022, houve uma queda, e continua em 2023. É uma tendência de queda. Não vimos nada assim em quase uma década”, disse ele.

“Estamos desenvolvendo um plano. Não temos influência sobre a situação econômica ou guerras, mas estou atualizando a infraestrutura de absorção para imigrantes de países ocidentais e estou focando nos jovens porque eles têm mais facilidade para se locomover”.

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Fontes que lidam com a aliá disseram à Ynet que “o número de imigrantes de um lugar específico em um momento específico pode resultar de uma infinidade de razões, incluindo fatores de pressão que podem variar e razões que deixam potenciais imigrantes em seus países de origem. Condições econômicas em mudança, moradia, emprego impactam qualquer decisão que é, em última análise, individual”.

De acordo com o relatório, que categoriza os dados de imigração por países e regiões, o número de imigrantes vindos do Reino Unido caiu 40%, enquanto da Itália caiu 60%, assim como a França, que registrou a maior queda em toda a Europa Ocidental, tanto em números percentuais quanto absolutos, com os números da imigração caindo de 965 chegadas nos primeiros seis meses de 2022 para apenas 393 no período correspondente deste ano. Um declínio similar, de 40%, foi registrado no número de imigrantes vindos da Bélgica.

A imigração da Alemanha aumentou 13%, contrastando com uma queda semelhante no número de imigrantes da Holanda.

A aliá dos países escandinavos aumentou 35% em comparação ao mesmo período do ano passado, enquanto a imigração judaica da Península Ibérica registrou um número crescente de olim da Espanha e de Portugal. Enquanto isso, a aliá da Turquia subiu 45%.

Enquanto a aliá do México e da Colômbia aumentou 16% e 26%, respectivamente, os demais países latino-americanos continuaram sua tendência de queda, com a imigração do Uruguai diminuindo 26%, Argentina 48%, Brasil 30% (foram 202 olim entre janeiro e junho de 2022 e 142 entre janeiro e junho de 2023), Venezuela 46%, Peru 61% e Chile 40%.

A imigração da Rússia aumentou em um terço, compreendendo a maior parte das chegadas a Israel desde o início do ano, com 22.851 cidadãos russos. Por outro lado, a imigração da Ucrânia caiu impressionantes 88%.

No geral, excluindo os imigrantes da Etiópia que chegam com cotas especiais, houve um declínio de 20% no número de imigrantes que chegam a Israel desde o início do ano. Apenas 29.293 judeus chegaram a Israel nos últimos seis meses, em comparação com 36.132 no período correspondente do ano passado.

A Agência Judaica disse: “Juntamente com um aumento geral no número de olim, há uma tendência de queda este ano na imigração de países específicos. A Agência Judaica trabalha em colaboração com o Ministério da Integração e Aliá para desenvolver programas que incentivam a imigração de todo o mundo e diversos programas de absorção para garantir a integração ideal em Israel”.

Fonte: Revista Bras.il a partir de Ynet
Foto: Canva (montagem)

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