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Anexação mina chance de normalização com a Arábia Saudita

A anexação da Samaria e Judeia por Israel acabaria com qualquer chance de normalização com Riad, disse o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman, no sábado, de acordo com uma reportagem da emissora israelense, Kan News.

Os comentários de Mohammad Bin Salman foram feitos durante uma reunião com o presidente dos Emirados Árabes Unidos, Mohammed bin Zayed, em Riad, de acordo com a reportagem.

Bin Zayed já havia emitido um alerta semelhante, afirmando que qualquer anexação seria um “sinal de alerta” que poderia levar o país do Golfo a sair dos Acordos de Abraão.

Os dois líderes concordaram, em Riad que, se Israel avançar com a anexação da Samaria e Judeia, a retirada dos Acordos de Abraão seria uma possibilidade, segundo uma fonte da família real saudita citada pela Kan News.

A fonte acrescentou que a anexação também eliminaria as chances de normalização entre Israel e a Arábia Saudita. Ele observou ainda que, ao tomar tais medidas, Israel está fazendo o jogo do Irã e do Hamas, cujo interesse é bloquear os laços entre Israel e os estados árabes.

A reportagem também especificou como o objetivo final da Arábia Saudita parece ser o reconhecimento de um estado palestino e uma solução de dois estados para o conflito.

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Na quarta-feira, Ben Zayed escreveu no X. “Nestes tempos desafiadores, os Emirados Árabes Unidos enviam uma mensagem clara: a anexação é uma linha vermelha, e a paz por meio de uma solução de dois estados deve permanecer o caminho a seguir”.

Os Acordos de Abraão, que normalizaram as relações entre Israel e os Emirados Árabes Unidos em 2020, foram assinados sob a premissa de que Israel renunciaria à aplicação de sua soberania na Samaria e Judeia em troca de relações normalizadas.

Os EAU enviaram uma série de alertas a Israel contra a retomada dos planos de estender a soberania a partes do território.

As declarações alarmaram o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu a ponto de a anexação ter sido retirada da pauta da reunião de gabinete na quinta-feira.

Bahrein, Marrocos e Sudão também são signatários dos acordos, que foram assinados durante o primeiro governo Trump.

Paralelamente Riad publicou hoje uma declaração condenando os comentários israelenses sobre o deslocamento de palestinos em Gaza e acusando Israel de genocídio. A declaração de hoje não fez nenhuma referência direta à anexação da Samaria e Judeia.

Fonte: Revista Bras.il a partir de The Jerusalem Post e The Times of Israel
Foto: Wikimedis Commons e Canva

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