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Ativistas da flotilha chegam à Amã após serem deportados

Os ativistas brasileiros que estavam na Flotilha Global Sumud foram deportados pela Ponte Allenby/Rei Hussein, com destino à Jordânia. Os 13 brasileiros que estavam detidos em Israel (foto), chegaram a Amã esta manhã.

Segundo o governo brasileiro, os ativistas, entre eles Tiago Ávila, que se define como “internacionalista e militante experiente”, a deputada Luizianne Lins do PT, Bruno Gilga Rocha, Lucas Farias Gusmão, João Aguiar, Mohamad El Kadri, Mariana Conti, Gabrielle Tolotti, Ariadne Telles, Lisiane Proença, Magno Carvalho Costa, Victor Nascimento Peixoto e Miguel Viveiros de Castro, foram transportados para Amã, em veículo providenciado pela embaixada brasileira.

As negociações foram realizadas pela Embaixada do Brasil em Israel. Na manhã desta segunda-feira, a delegação brasileira da flotilha, fez um comunicado, repassado à imprensa pela embaixada brasileira onde relatou que o grupo sofreu violência psicológica.

Apesar de ter sido assegurado aos presos o acesso a medicamentos e alimentação, este fornecimento foi qualificado como insatisfatória na nota divulgada pela embaixada.

De acordo com a assessoria da deputada Luizianne Lins, os integrantes denunciaram condições degradantes, falta de tratamento médico adequado e realização de audiências judiciais sem representação legal.

Segundo a deputada petista, “muitos de nós fomos agredidos fisicamente, ameaçados por cães, privados de sono, alvejados por lasers e espingardas, submetidos a todos os tipos de abuso psicológico, desde colocar pessoas em posições excruciantes por horas, até sermos levados a ônibus adaptados como prisões com a pressão de criar uma câmara de calor e lidar com tantas ameaças o tempo todo”.

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Nicolas Calebrese, argentino, com cidadania italiana e residente do Brasil há mais de dez anos, o primeiro membro do grupo brasileiro a ser deportado, afirmou que os itens que seriam entregues no território palestinos, foram “roubados por Israel”. “Eles levaram toda a ajuda humanitária. O Estado de Israel roubou tudo e não deixou que chegasse aos famintos”, declarou ele.

Segundo Cabresese, “chegando no porto de Israel nós fomos violentados fisicamente constantemente, empurrados, chutados e arrancaram nossos pertences e “não tive a oportunidade de urinar por mais de 20 horas”, continuou ele.

Os últimos dez participantes suíços da flotilha de Gaza também foram deportados de Israel para a Jordânia na terça-feira. A embaixada suíça em Amã recebeu o grupo na fronteira e providenciou sua acomodação e volta para a Suíça, que ocorrerá na quarta-feira.

O Ministério do exterior da Suíça informou que os ativistas, entre eles, o ex-prefeito de Genebra, Rémy Pagan, estavam bem de saúde.

Nove participantes suíços da flotilha já haviam retornado à Suíça no último fim de semana, após serem deportados de avião. Ao todo, 19 estavam entre os mais de 400 ativistas a bordo dos 41 navios da flotilha abordados pela Marinha israelense.

Os quatro portugueses que participaram na flotilha e foram detidos por Israel na semana passada também já retornaram para seu país. Ao chegarem, Mariana Mortágua, Sofia Aparício, Miguel Duarte e Diogo Chaves falaram à imprensa sobre as suas experiências no tempo em que estiveram sob custódia das autoridades israelenses.

Assim como os outros ativistas da “Flotilha da Selfie” os portugueses repetiram a mesma ladainha de que passaram fome e sede, que foram algemados e vendados, espancados, privados de medicamentos, além de terem sido colocados em jaulas

Cidadãos de outros países incluindo moradores de Argentina, Colômbia, África do Sul e Nova Zelândia também foram deportados.

Fonte: Revista Bras.il a partir de G1, CNN Portugal e Veja
Foto: Global Sumud Flotilla (Divulgação)

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