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A dor do fogo amigo

Por Roni Szuchman

Percebo não só como judeu, mas como israelense, a minha dor pelos soldados caídos nesta guerra que já dura mais de três meses. Todo dia, infelizmente morrem dois ou três, às vezes mais.

As notícias das mortes vêm acompanhas pelo nome, idade, lugar de nascimento e unidade que serviu. O que muitas vezes não ficamos sabendo é que são filhos de alguém (alguns têm 19 anos), namorados de alguém, maridos ou pais de crianças pequenas. Muitos são reservistas: jovens universitários, padeiros, empresários ou motoristas de ônibus.

É triste. Mais triste ainda saber que alguns deles morreram por fogo amigo…

Pra quem não está familiarizado com o termo, isso quer dizer que o soldado foi morto por engano ou acidente. Tivemos um caso onde dois soldados mataram, por engano, três reféns. Isso foi de cortar o coração… Primeiro pelos reféns, depois pelos soldados, que na minha opinião, sofrem uma pressão absurda para decidir se devem ou não atirar.

Mas outro “fogo amigo” que dói muito, é de países que julgávamos ser amigos e aliados de Israel, para alguns dos quais Israel prontamente enviou ajuda em catástrofes recentes, como medicamentos, médicos e socorristas. Este mesmo países para os quais que estendemos a mão para ajudar, nos martela os dedos de nossa mão que pede por apoio e apoia nossos inimigos.

Não sei se os piores dos meus pesadelos chega perto desta realidade que vivemos. Mas diz um ditado judaico: “Isto também passará!”. Serve para os momentos ruins e bons. Este não é um momento bom. Mas vai passar…

Dica útil: Amigo, pode me martelar os dedos, mas saiba que quando precisar de ajuda, ainda lhe estenderei a mão…

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