Consórcio universitário planeja campus para ultraortodoxos

Um consórcio de faculdades liderado pela Universidade Ben-Gurion do Negev ganhou uma licitação do governo para criar um campus exclusivo de ensino superior ultraortodoxo (haredi) no Sul, com inauguração prevista para o ano letivo de 2024/25.

De acordo com um relatório do Israel Democracy Institute, a população haredi de Israel constitui 13,3% da população total e 44% das famílias haredi são empobrecidas. Em 2019, apenas 51% dos homens ultraortodoxos e 78% das mulheres ultraortodoxas estavam empregados.

Os homens são incentivados a estudar o Talmud em tempo integral após o ensino médio, enquanto a maioria das mulheres frequenta seminários pós-ensino médio que concedem certificados que as qualificam para empregos com salários relativamente baixos em áreas como creche e programação de computadores.

Meninos e meninas frequentam escolas separadas e têm currículos diferentes. Os homens haredim que desejam trabalhar para sustentar as suas famílias são limitados pela falta de educação secular e experiência militar.

De acordo com o Relatório da Controladoria do Estado de 2020, 84% dos meninos nas escolas secundárias haredi não estudaram inglês, matemática ou ciências. Nas escolas primárias haredi, 56% dos rapazes estudaram estas matérias, mas não em grande medida.

A maioria das moças haredi aprende estas matérias seculares, mas poucas procuram um ensino superior que as qualifique para empregos com salários mais elevados, em parte porque os haredim não frequentam aulas mistas.

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Embora várias faculdades e universidades tenham estabelecido programas segregados por gênero para acomodar estudantes ultraortodoxos do sexo masculino e feminino, geralmente fora do campus, existem poucas opções no sul de Israel, onde reside cerca de 30% da população haredi.

Fonte: Revista Bras.il a partir de ISRAEL21c
Foto: Canva