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Doha: progresso significativo, mas nenhum acordo

O gabinete de segurança de Israel se reuniu, na noite desta terça-feira, para analisar os desdobramentos das negociações em andamento para um cessar-fogo e a libertação de reféns. As negociações em Doha mostraram progresso em uma das principais questões em disputa: os mapas que detalham a retirada das FDI de Gaza.

A delegação israelense apresentou mapas atualizados, mas nenhum acordo foi finalizado, e as negociações devem continuar por mais alguns dias.

Fontes envolvidas nas negociações disseram que houve “progresso significativo, mas nenhum acordo”. Elas acrescentaram que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu concedeu à equipe de negociação israelense “maior flexibilidade e mais espaço para tomar decisões em busca de um acordo”.

O chefe do Estado-Maior das FDI, Eyal Zamir, apresentou um plano revisado para o estabelecimento de uma “cidade humanitária” em Rafah, atendendo à demanda anterior de Netanyahu por “cronogramas mais realistas”. A proposta atualizada foi elaborada para ser mais econômica, ter menor duração e ser mais prática.

Zamir também delineou seu plano operacional para a continuidade das operações de combate e o envio de tropas caso um acordo com o Hamas seja alcançado.

De acordo com participantes do gabinete, Netanyahu já havia expressado insatisfação com as avaliações dos militares, exigindo um “plano aprimorado”. Alguns na sala teriam sentido que as FDI estavam intencionalmente apresentando uma proposta impraticável como forma de atrasar ou evitar a iniciativa da cidade humanitária, que recebeu críticas internacionais.

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O gabinete também debateu como a cidade seria financiada. Autoridades de alto escalão disseram, recentemente, ao comentarista Nadav Eyal, do Ynet, que o custo estimado varia de NIS 10 bilhões a NIS 15 bilhões, com a expectativa de que o estado cubra quase todas as despesas iniciais.

Segundo estimativas do setor de defesa, a construção da cidade levaria dois meses, incluindo alojamento em tendas, eletricidade, água e alimentos.

Zamir entrou em conflito com Netanyahu e o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, sobre o assunto nas últimas semanas, argumentando que o desvio de recursos para preparar a zona humanitária prejudica as principais missões das FDI em Gaza, principalmente combater o Hamas e garantir a libertação dos reféns. Netanyahu instruiu os militares a apresentarem um plano de prontidão em poucos dias.

Enquanto isso, o presidente Isaac Herzog visitou o Kibutz Kfar Aza, na terça-feira, e falou da urgência nacional pelo retorno dos reféns.

“A nação está esperando desesperadamente que nossos filhos voltem para casa. Estamos em dias críticos de negociação, quando cada um de nós prende a respiração, esperando por um acordo que finalmente os traga de volta”, disse Herzog. “Neste momento, um dever sagrado está diante de nós, o dever sagrado de um Estado para com seus cidadãos: trazê-los todos para casa. Cada um deles”.

“Cada refém é um caso humanitário. Apoio a nossa equipe de negociação, que trabalha incansavelmente neste exato momento, e todos os envolvidos na linha de frente e nos bastidores. Apelo a eles, especialmente aos tomadores de decisão: tragam-nos para casa. Tragam-nos de volta para nós. Nesta fase intensa de negociações, o tempo não deve ser desperdiçado. Não há justificativa para atrasos. Devemos pisar fundo no acelerador e finalmente chegar ao tão esperado acordo. Prometo a vocês pessoalmente: não descansarei até que cada um deles esteja em casa”.

Fonte: Revista Bras.il a partir de Ynet
Foto: Oren Rozen (Wikimedia Commons)

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