FDI admitem ataque equivocado a hospital
Na tarde desta segunda-feira, as FDI admitiram ter atacado erroneamente o Hospital Nasser em Khan Yunis, no sul de Gaza, matando cinco jornalistas, além de outras 14 pessoas.
Os militares admitiram que o ataque ao hospital foi aprovado, o que significa que havia algum alvo do Hamas no local, mas disseram que estão investigando o ataque, o que significa que aspectos significativos do ataque e seus resultados são vistos como um grande erro.
As FDI disseram que não tinham a intenção de atingir jornalistas ou civis palestinos inocentes.
No final da tarde, fontes da FDI disseram ao Jerusalem Post que a força aérea não estava encarregada de nada relacionado a nenhuma operação naquela área, e que o “endereço” para gerenciar qualquer ataque desse tipo seria o Comando Sul da FDI, que é comandado pelo Major-General Yaniv Asur, embora diferentes níveis de oficiais aprovem alvos de vários níveis de sensibilidade.
Geralmente, autoridades de alto escalão devem aprovar um ataque a um hospital, mesmo que haja um terrorista nas proximidades.
Desde que Asur assumiu o comando das operações das FDI em Gaza, em março, fontes na Força Aérea o criticaram periodicamente por ser menos cuidadoso em evitar baixas civis do que durante grande parte da guerra anterior, quando era comandada pelo Major-General Yaron Finkleman.
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Nos tempos recentes, as FDI tem tido, provavelmente, as piores proporções de civis feridos em relação aos terroristas feridos, desde o início da guerra.
Durante grande parte da guerra, vários oficiais das FDI disseram, extraoficialmente, que uma taxa de 60% de civis feridos e 40% de terroristas feridos parecia amplamente precisa e colocaria Israel em uma boa posição em comparação a outros países que tiveram que lutar contra terroristas em áreas urbanas com o uso sistemático de escudos humanos.
No último semestre, entretanto, as FDI afirmaram ter matado pouco mais de 2.000 terroristas do Hamas. Isso em um período em que o Ministério da Saúde do Hamas alegou a morte de cerca de 11.000 moradores de Gaza.
As FDI mostraram vários exemplos do Hamas exagerando ou simplesmente inventando incidentes inexistentes com vítimas civis, mas não descartaram completamente as estimativas do Hamas e se recusaram a fornecer sua própria estimativa de vítimas civis, algo que sempre fizeram em conflitos anteriores com Gaza.
O cinegrafista Hussam al-Masri, um dos jornalistas mortos nos ataques, era contratado da Reuters. O fotógrafo Hatem Khaled, também contratado da Reuters, ficou ferido.
As autoridades em Gaza identificaram os outros três jornalistas como Mariam Abu Dagga, que, segundo a Associated Press, trabalhava como freelancer para a AP e outros veículos desde o início do conflito em Gaza; Mohammed Salama, que, segundo a Al Jazeera, do Catar, trabalhava para a emissora; e Moaz Abu Taha.
Um socorrista também estava entre os mortos, acrescentaram as autoridades de saúde.
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse, durante uma coletiva de imprensa na Casa Branca, que, não sabia do ataque ao hospital Khan Yunis, mas que não está feliz com isso. “Não estou feliz com isso. Não quero ver isso. Ao mesmo tempo, precisamos acabar com esse… pesadelo”, disse Trump aos repórteres.
Fonte: Revista Bras.il a partir de The Jerusalem Post
Foto: Captura de tela (Al Jazeera)