Flotilha da Liberdade não poderá atracar em Gaza
As FDI decidiram que a flotilha “Madleen”, que está navegando para Gaza e transportando 12 ativistas pró-palestinos, incluindo a ativista climática Greta Thunberg, não terá permissão para se aproximar ou atracar na Faixa de Gaza, informou a TV KAN, na quarta-feira.
A “Madleen”, organizada pela Freedom Flotilla Coalition, partiu da Sicília, no último domingo, para levar “alimentos e suprimentos médicos” para Gaza, disse Thunberg nas redes sociais.
Uma fonte da defesa israelense confirmou a decisão ao The Jerusalem Post, acrescentando que o ministro da Defesa Israel Katz deve tomar mais decisões na quinta-feira.
A previsão é de que o navio chegue dentro de uma semana.
De acordo com a reportagem da TV Kan, Israel inicialmente considerou permitir que o navio atracasse em Gaza depois que autoridades de segurança determinaram que ele não representava uma ameaça. No entanto, as autoridades posteriormente reverteram essa decisão.
O porta-voz das FDI, General Effie Defrin, disse a repórteres em uma coletiva de imprensa: “As FDI estão preparadas para operar em todas as frentes, inclusive na área marítima”, acrescentando: “Agiremos de acordo”.
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Se tivessem permissão para atracar, os ativistas teriam ficado retidos em Gaza. Para evitar criar um precedente que pudesse minar o bloqueio, Israel decidiu não permitir que o Madleen se aproximasse de Gaza.
Antes de zarpar, Thunberg disse aos repórteres: “Não importa o quão perigosa seja esta missão, ela não é nem de longe tão perigosa quanto o silêncio do mundo inteiro diante das vidas que estão sendo exterminadas”, citou a Reuters.
Os ativistas a bordo, incluindo Thunberg, a eurodeputada francesa Rima Hassan, que descreveu o massacre do Hamas em 7 de outubro como “legítimo”, o ator irlandês Liam Cunningham, de Game of Thrones e o brasileiro Thiago Avila, pediram à comunidade internacional que os protegesse após avistarem um drone pairando sobre o navio na terça-feira.
Na segunda-feira, especialistas em direitos humanos da ONU apelaram à comunidade internacional para “garantir a passagem segura do navio Madleen, para Gaza”. Eles alertaram que qualquer tentativa de bloquear o navio violaria o direito internacional.
“Israel não tem autoridade legal para controlar ou impor um bloqueio marítimo em Gaza e, portanto, nenhuma base legal para interceptar o Madleen”, disse Huwaida Arraf, advogada de direitos humanos e membro do Comitê Diretor da Flotilha da Liberdade. “Tal ato constituiria uma flagrante violação do direito marítimo internacional e um desafio direto às ordens vinculativas da CIJ que exigem acesso humanitário irrestrito a Gaza. Qualquer tentativa de apreender o navio ou seus passageiros seria ilegal, arbitrária e deve ser universalmente condenada”.
Fonte: Revista Bras.il a partir de The Jerusalem Post e Freedom Flotilla Coalition
Foto: Tan Safi (Freedom Flotilla Coalition)