Flotilha se prepara para confronto com as FDI
Os 12 ativistas pró-palestinos, incluindo Greta Thunberg, da Flotilha da Liberdade esperam chegar à costa de Gaza já na segunda-feira, “se não forem parados no caminho”. Mas se houver um confronto, disseram ao Sunday Times, eles o transmitirão ao vivo para o mundo. “A comunidade internacional está se mobilizando”, disse um ativista.
“Eu diria que está bastante calmo, mas com bom humor”, disse a ativista sueca Greta Thunberg, a bordo do barco a caminho de Gaza com o objetivo declarado de “romper o bloqueio israelense” no enclave costeiro.
Embora o grupo se apresente publicamente como uma missão humanitária que entrega suprimentos essenciais a Gaza, uma reportagem do jornal alemão Bild sugere que vários a bordo promovem uma ideologia radicalmente antiocidental, apoiam grupos terroristas e defendem a eliminação do Estado de Israel.
“O que me trouxe a este barco?”, disse Thunberg ao The Times, “Só por ser humana, vendo as imagens de Gaza, ouvindo os relatos e sentindo que preciso fazer algo, seja lá o que for. E por algum motivo eu tenho uma plataforma, e se eu puder usar essa plataforma, por exemplo, estando neste barco e amplificando a causa palestina, então é claro que eu tenho que fazer isso. Porque eu me importo com a justiça e porque eu não posso simplesmente ficar sentada assistindo a esse genocídio acontecer sem fazer nada”.
“Não se pode ser um ativista da justiça climática ignorando todas as pessoas marginalizadas de hoje e seu sofrimento”, disse ela. “Tanto a crise climática quanto o genocídio na Palestina e outras crises humanitárias em todo o mundo são resultados de sistemas que sacrificam a vasta maioria das pessoas e o planeta apenas para que uns poucos afortunados consigam lucrar com essa exploração e manter seu poder geopolítico a todo custo. Portanto, vejo muitos paralelos. O que está acontecendo na Palestina não é apenas um genocídio, mas também um ecocídio”.
Thunberg foi rápida em negar qualquer intenção antissemita, afirmando que condena o antissemitismo. “Todos os dias, desde os meus 15 anos, recebo críticas de todos os ângulos possíveis, não importa o que eu faça. Se não encontram nada, inventam algo, por exemplo, acusações de antissemitismo”, disse ela, acrescentando: “Estamos dizendo que ninguém deve ser valorizado mais ou menos do que ninguém por causa de sua origem. E isso se aplica a tudo, inclusive à causa palestina”.
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No entanto, Thunberg ainda não condenou o massacre de israelenses liderado pelo Hamas em 7 de outubro, nem reconheceu as vítimas e reféns feitos durante o ataque.
Entre os ativistas a bordo estão Rima Hassan, uma deputada franco-palestina do Parlamento Europeu que foi proibida de entrar em Israel; Omar Faiad, jornalista do canal catariano Al Jazeera; Yasemin Acar, que se filmou dançando durante o bombardeio de mísseis do Irã contra Israel; e o brasileiro Thiago Avila, que compareceu ao funeral do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, no Líbano.
Fonte: Revista Bras.il a partir de Ynet
Foto: Gaza Freedom Flotilla (Instagram)