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Gabinete discute soberania na Samaria e Judeia

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu deve convocar uma reunião de gabinete para discutir a potencial aplicação da soberania na Samaria e Judeia – a segunda reunião com essa pauta em duas semanas – em meio ao crescente apoio internacional à criação de um Estado palestino.

A reunião estava marcada para terça-feira, no entanto, a discussão foi adiada para quinta-feira. A reunião anterior, realizada discretamente na semana passada, reuniu um pequeno grupo de altos funcionários, incluindo Netanyahu, o ministro de Assuntos Estratégicos Ron Dermer, o ministro do Exterior Gideon Sa’ar, o ministro das Finanças Bezalel Smotrich, o Conselheiro de Segurança Nacional Tzachi Hanegbi e o secretário de Gabinete Yossi Fuchs.

De acordo com detalhes obtidos pela Ynet, Dermer expressou apoio à aplicação da soberania, supostamente dizendo aos colegas que “haverá soberania na Judeia e na Samaria, a questão é em quais partes”. Ele expressou posição semelhante durante uma discussão mais ampla do Gabinete no mês passado, quando os ministros Orit Strock, Smotrich e Yariv Levin pressionaram para aprovar a medida antes da Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro, onde a França e outros países devem reconhecer um estado palestino.

Na reunião anterior, a portas fechadas, os ministros debateram se estenderiam a soberania apenas aos principais blocos de assentamentos, a todos os assentamentos, à Área C em sua totalidade ou a regiões específicas, como o Vale do Jordão. As autoridades também consideraram se agiriam em resposta ao reconhecimento internacional de um estado palestino ou se o impediriam com uma ação proativa.

Fontes familiarizadas com o assunto disseram que Dermer já havia alertado autoridades francesas em conversas recentes que “pressionar-nos a responder não fará avançar um estado palestino”.

Após a divulgação pública dos comentários de Dermer, alguns ministros elogiaram sua postura, argumentando que qualquer movimento de soberania deveria ser mais do que simbólico e não relacionado às ações da França.

KEIA TAMBÉM

O ministro do Negev e da Galileia, Yitzhak Wasserlauf, do partido Otzma Yehudit, afirmou na semana passada que “se a França reconhecer um estado palestino, estará efetivamente apoiando o terror, o assassinato, o estupro e o massacre do povo judeu. Deveríamos ter aplicado a soberania ontem, independentemente do que a França faça”.

Ainda assim, ele acrescentou, “se nossa mudança de soberania coincidir com o reconhecimento da França, será uma resposta apropriada e uma mensagem clara: a Terra de Israel pertence inteiramente a nós”.

O deputado Simcha Rothman, do Partido Sionista Religioso, também pediu ação imediata, afirmando: “A soberania não é uma reação a movimentos ou ameaças internacionais. É a única maneira de garantir o futuro de Israel. A hora da soberania é agora”.

Não está clara qual é a posição do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre o assunto.

A Walla informou no domingo que o ministro do Exterior, Gideon Sa’ar, discutiu com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, o tema da soberania da Samaria e Judeia durante sua visita a Washington na semana passada. No entanto, um porta-voz de Sa’ar não respondeu ao pedido de comentário da Reuters sobre o assunto.

Fonte: Revista Bras.il a partir de Ynet
Foto (ilustrativa): GPO

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