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Impasse nas negociações do acordo de reféns

As negociações de cessar-fogo em Doha, que visam interromper os conflitos e garantir a libertação dos reféns, chegaram a um impasse nas últimas 24 horas, de acordo com uma reportagem da Kan, na noite desta sexta-feira.

A reportagem observou que não houve progresso em várias questões-chave, a saber, as linhas de retirada das FDI de Gaza, as identidades de reféns e terroristas a serem libertados e as garantias para o fim da guerra. No entanto, também não houve deterioração significativa nas negociações. A única área em que houve algum progresso diz respeito à entrada de ajuda humanitária em Gaza.

Enquanto isso, o enviado dos EUA, Steve Witkoff, ainda não partiu para Doha para participar das negociações. Ele estaria aguardando um estágio mais avançado nas discussões antes de se envolver.

A Al Jazeera publicou o que disse ser um mapa do plano de mobilização das FDI durante um possível cessar-fogo, supostamente apresentado por Israel nas negociações. Segundo a reportagem, Israel insiste em manter as forças das FDI ao longo do Eixo Morag, o que deixaria toda a área de Rafah sob controle israelense.

A rede, citando fontes não identificadas, disse que isso fazia parte de um plano para concentrar a população de Gaza em Rafah antes de sua possível expulsão para o Egito ou pelo mar.

As fontes alegaram ainda que Israel pretende manter o controle de 40% da Faixa de Gaza, impedindo assim que aproximadamente 700.000 palestinos retornem para suas casas e forçando-os a ir para áreas sob controle israelense em Rafah.

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O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu desembarcou em Israel, na tarde de sexta-feira, após uma visita de quatro dias a Washington. Em declarações à Newsmax, na quinta-feira, antes de partir para Israel, Netanyahu expressou um otimismo cauteloso em relação à potencial libertação de mais dez reféns israelenses mantidos vivos pelo Hamas.

“Restam 50; 20 definitivamente vivos e uns 30 que não estão vivos, e eu quero tirar todos eles”, disse ele à Newsmax. “Agora temos um acordo que supostamente vai tirar metade dos vivos e metade dos mortos, então teremos 10 vivos e cerca de 12 reféns mortos. Mas eu vou tirá-los também. Espero que possamos concluir em alguns dias”.

O acordo proposto incluiria um cessar-fogo de 60 dias, durante o qual o grupo inicial de reféns seria libertado, seguido de novas negociações para encerrar o conflito. Netanyahu afirmou que o conflito poderia cessar imediatamente “se o Hamas depuser as armas”.

Na quarta-feira, Netanyahu se encontrou com familiares de reféns em Washington. Durante a reunião, o primeiro-ministro deixou claro que um acordo para libertar todos os reféns não está na pauta neste momento. “Não conseguimos um acordo abrangente. Não havia tal opção na mesa”, disse Netanyahu às famílias.

Quando perguntado sobre quais reféns seriam libertados no acordo, ele respondeu: “O Hamas é quem decide isso”.

O Gabinete do Primeiro Ministro declarou que, durante a reunião com as famílias, Netanyahu observou que a questão dos reféns foi amplamente discutida durante suas reuniões com o presidente Trump e sua equipe, e que “grandes esforços são feitos continuamente para conseguir a libertação de todos os nossos reféns, tanto os vivos quanto os mortos”.

Fonte: Revista Bras.il a partir de Israel National News
Foto: Shutterstock

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