Irã ameaça fechar o Estreito de Ormuz
O Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã deve tomar a decisão final sobre o fechamento do Estreito de Ormuz, informou a Press TV do Irã neste domingo, depois que o parlamento, supostamente, aprovou a medida.
A decisão de fechar o estreito, por onde flui cerca de 20% da demanda global de petróleo e gás, ainda não é definitiva. Mas o parlamentar e comandante da Guarda Revolucionária na capital Teerã, Esmail Kousari, disse ao Clube de Jovens Jornalistas, no domingo, que isso está na pauta e “será feito sempre que necessário”.
A ação é uma resposta aos recentes ataques aéreos dos EUA a três grandes instalações nucleares iranianas. O Estreito de Ormuz é uma hidrovia estratégica e estreita por onde flui quase 20% do petróleo e gás do mundo. À medida que as tensões regionais se intensificam, aumentam as preocupações sobre o impacto que tal medida poderia ter no fornecimento global de energia e em países como a Índia, que dependem fortemente das importações de petróleo bruto.
O Estreito de Ormuz conecta o Golfo Pérsico ao Mar Arábico e tem pouco mais de 30 km de largura em seu ponto mais estreito. Apesar de seu tamanho, é uma artéria crucial para o transporte energético global. Somente em 2024, o estreito recebeu uma média de 20,3 milhões de barris de petróleo e 290 milhões de metros cúbicos de GNL por dia. A maior parte das exportações de petróleo da Arábia Saudita, Iraque, Irã, Emirados Árabes Unidos e Kuwait são transportadas por essa rota.
Kousari, disse que o Majlis (parlamento iraniano) concordou em fechar a principal artéria do comércio global de energia em resposta à agressão americana e ao silêncio da comunidade internacional.
O estreito também recebe o trânsito de uma quantidade significativa de gás natural liquefeito (GNL) do Catar, que é um dos maiores exportadores de GNL do mundo.
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O Estreito de Ormuz é a única rota marítima que conecta o Golfo Pérsico ao oceano aberto e abriga grandes produtores de petróleo, como Irã, Arábia Saudita, Iraque, Kuwait e Emirados Árabes Unidos.
Especialistas tem alertado que qualquer interrupção ou fechamento do estreito pode levar a picos imediatos e significativos nos preços do petróleo e perturbar a segurança energética mundial.
Em declarações à TV na semana passada, especialistas alertaram que a maioria das corporações multinacionais fechariam em poucos dias, pois o fornecimento de energia necessário para mantê-las funcionando acabaria.
De acordo com algumas previsões, os preços do petróleo provavelmente subirão 80% na primeira semana se o Estreito de Ormuz for fechado, já que rotas alternativas incorreriam em altos custos.
Fonte: Revista Bras.il a partir de Press TV, Financial Express e The Jerusalem Post
Foto: NASA e CIA
