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Israel é o mocinho na guerra com o Hamas

Por David S. Moran

A África do Sul apresentou queixa contra o Estado de Israel, acusando-o de promover o genocídio dos palestinos da Faixa de Gaza. Esta acusação está desde ontem (11) em tramitação na Corte Internacional de Justiça, perante 15 juízes acompanhados por um juiz da África do Sul e o juiz Aharon Barak de Israel.

A acusação da África do Sul é de que Israel promove “genocídio, através de assassinato de palestinos em Gaza e graves danos físicos e mentais, querendo destruir os palestinos de Gaza como parte do grupo nacional, racial e étnico mais amplo dos palestinos”.

Em nenhum momento, a acusação da África do Sul menciona a maior catástrofe que Israel e os judeus sofreram desde o Holocausto, com a invasão dos terroristas do Hamas nos kibutzim e cidades fronteiriços, assassinando mais de 1.200 pessoas. Estupraram jovens e mulheres, queimaram vivos crianças, decapitaram e sequestraram cerca de 300 pessoas e ainda mantêm no cativeiro 136, dos quais 24 estão mortas. Imaginem a vida terrível dos reféns e a ansiedade dos seus parentes e amigos desesperados, que aguardam notícias. A discriminação de Israel é notada também pelo fato que organizações feministas como MeToo, ou de amparo às crianças não se manifestaram contra o Hamas, que sequestrou uma criança de 9 meses e sua irmã de 4 anos.

Nenhum país do mundo poderia passar por esta tragédia sem revidar. Mas a democracia israelense não investiu imediatamente para prender e o matar os terroristas do Hamas. Durante duas semanas, o Exército de Defesa de Israel (FDI) lançava na parte norte de Gaza, panfletos para que a população não envolvida, saísse de suas casas para o sul da Faixa de Gaza. Ao mesmo tempo, militares ligaram para chefes de famílias incentivando-os a sair para o sul e isto foi acompanhado por mensagens nos meios de comunicação. Nenhum outro exército agiria desta forma, o que deu tempo aos terroristas da organização terrorista Hamas para se organizarem e se retirarem levando consigo os israelenses sequestrados.

Ao mesmo tempo, o Hamas lançou milhares de misseis e morteiros contra o território israelense, desde a região mais próxima e até regiões longínquas como Tel Aviv, Jerusalém, Rehovot, Herzliya e Raanana e outras.

Israel, que foi tomado de surpresa, imediatamente se organizou para evacuar os residentes da região fronteiriça, alojando-os em hotéis distantes da área belicosa. Com o passar dos dias, nota-se que o Hamas não se importa com os habitantes de Gaza, cuja maioria vivia num regime de pobreza. Em vez de investir nos seus habitantes com as verbas que recebe do Catar, da ONU e de outros países, o Hamas investia os bilhões de dólares armando-se e construindo túneis que atravessam a Faixa de Gaza, praticamente formando uma Faixa subterrânea. O Hamas não se interessa em criar um estado palestino. Sendo uma organização radical islâmica, chama para criar um estado islâmico.

O exército israelense é o mais moral do mundo e tenta não atingir não envolvidos. Na Faixa de Gaza é difícil saber quem não está envolvido. Com o passar dos dias, e já estamos no 98º dia de combates, a cada avanço o exército descobre que em todas as casas havia material ligado ao Hamas, seja escondendo material bélico ou poços de entrada para túneis. Não só em residências, isto se repetia em mesquitas, hospitais e escolas, mesmo as mantidas pela ONU.

Acusar Israel de se desumano é um absurdo. Mesmo perdendo um meio de pressionar o Hamas, Israel praticamente alimenta a população da Faixa de Gaza, permitindo que mais de 200 caminhões entrem diariamente para abastecer as necessidades dos gazenses. Isto inclui combustível que serve para o Hamas manter ar e luz nos túneis. Todos os especialistas afirmam que se Israel não permitisse a entrada dos caminhões, isto levaria a população a rebelar-se contra o Hamas. Os americanos insistem que Israel tire o pé do seu avanço militar e que permita a entrada de 300 caminhões. Eles não fizeram isso no Vietnã e nem em outros lugares.

O governo de Israel avisou que quer liquidar o regime do Hamas. Se não o fizer, a população israelense que voltaria viver nos kibutzim e cidades vizinhos à Faixa de Gaza, estaria sob constantes ameaças e ninguém aceitaria este status. Atualmente, em Israel, mais de 200.000 pessoas estão deslocadas de suas casas, sendo “refugiados internos”.

Imagine que, mesmo passados 98 dias do seu sequestro, os israelenses feitos reféns pelo Hamas, não foram visitados nenhuma vez pela Cruz Vermelha. Os velhos e os doentes não receberam seus remédios e ninguém sabe do seu estado físico e mental. As mulheres que foram estupradas, geram filhos ou não. A esta altura já seria difícil até fazer um parto, caso necessário.

Uma grande diferença entre Israel e o Hamas é que Israel é uma democracia e o Hamas mantêm um regime ditatorial clerical. Desde 2006, não realizou eleições. Com isso, cada israelense pode falar o que quiser livremente, muitas vezes irresponsavelmente e noticiando os próximos passos a serem feitos, eliminando o fator surpresa. O Hamas, por sua vez não dá satisfação a ninguém e não segue nenhuma regra ou lei. Em Israel pode (?) um deputado do partido comunista, judeu, Ofer Kassif, endossar a acusação sul-africana contra Israel. Nenhum dos seus companheiros da chapa Hadash-Taal, cinco deputados árabes, o acompanharam na acusação.

É de se lamentar que o mundo não enxergue e diferencie o bem do mal. Hoje, no mundo, vivem menos de 16 milhões de judeus, em Israel são 7 milhões. As invenções e os benefícios que os judeus e os israelenses trouxeram ao mundo todo são incalculáveis e em todos os aspectos da nossa vida. Seja na tecnologia, comunicações, medicina, justiça, agricultura etc.

Os árabes, inclusive os palestinos não adicionaram nada. Tiveram a sorte de sentar em cima de vastas áreas petrolíferas e daí vem a sua força. O mundo é viciado pelo combustível e os árabes o tem em abundância. Breve análise imparcial nos mostra que nem todos os árabes são terroristas, mas nos maiores atentados e mortes no mundo todo, estão envolvidos árabes. Nos assassinatos e perseguições de cristãos na África, na destruição das torres Gêmeas em Nova York, nos sequestros de aviões, ou mesmo na paralização da navegação pelos Houtis.

Outra prova da injustiça que o mundo promove contra Israel são os votos em fóruns internacionais. Há só um Estado Judeu e há 56 estados muçulmanos, juntando os países de regime ditatorial já são mais de 100. Então vejamos votações na Assembleia Geral da ONU. Desde 2015, Israel foi condenado mais vezes do que todos os demais países do mundo juntos. Israel sofreu 141 condenações, a Rússia 23, a Síria 19, EUA 9, Correia do Norte 8, Mianmar 7, Irã 7. Na Comissão dos Direitos Humanos foi o mesmo: Israel condenado 104 vezes, a Síria 43, Correia do Norte 16, Irã 14, Eritreia 13, a Rússia 7. Não dá para acreditar (a fonte é UN Watch).

Juiz Aharon Barak para defender Israel na CIJ

Ele foi escolhido por Netanyahu, pois tem renome e prestígio internacional. Ele foi presidente da Suprema corte de Israel, é ativo com 88 anos de idade e é sobrevivente do Holocausto. O juiz Barak foi escolhido por Netanyahu apesar de ser ferrenho opositor da reforma judiciária proposta pelo seu governo.

Mesmo que Israel não cometa e nem pretenda cometer genocídio dos palestinos, como alega a absurda acusação da África do Sul, os juízes da CIJ são de países hostis a Israel como a Somália, China, Rússia, Marrocos, Líbano, Bélgica e até, por incrível que pareça, o Brasil. Lula recebeu, na quarta-feira, o embaixador palestino em Brasília e já decidiu que se alinha com a acusação. Pelo menos devia convocar o embaixador israelense ou ouvir o parecer do seu embaixador em Israel. Infelizmente, o bom senso não é o forte do presidente Lula.

Por outro lado, quem fala abertamente em fazer genocídio são os líderes palestinos que incentivam o grito de “Palestina livre do Rio (Jordão) ao Mar (Mediterrâneo)” e isto significa a extinção de Israel do mapa, um país soberano, membro da ONU, e ninguém protesta.

Foto: FDI

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