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Marinha israelense intercepta flotilha para Gaza

Ativistas a bordo do navio Handala, que se dirigia à costa da Faixa de Gaza com o objetivo de “romper o cerco”, afirmaram que forças navais israelenses começaram a se aproximar da embarcação na noite de sábado, com os alarmes sendo ativados no convés.

Nas imagens divulgadas do navio, os ativistas foram vistos usando coletes à prova de balas, preparando-se para a tomada da embarcação por combatentes da Shayetet 13, unidade de elite da marinha israelense.

Pouco depois da meia-noite, o Ministério do Exterior informou no X que “a Marinha israelense impediu que o navio entrasse ilegalmente na zona marítima da costa de Gaza. O navio está a caminho da costa israelense em segurança. Todos os passageiros estão seguros. Tentativas não autorizadas de violar o bloqueio são perigosas, ilegais e prejudicam os esforços humanitários em andamento”.

Por volta das 23h40, militares se aproximaram do navio, embarcaram e tomaram o controle, após os ativistas terem sido vistos sentados no centro com as mãos levantadas. A tomada do navio foi transmitida ao vivo no YouTube pelos próprios ativistas.

A flotilha partiu da Itália para a Faixa de Gaza no último domingo, um mês e meio depois que combatentes do Shayetet 13 tomaram o navio da flotilha Madleen, que tentava romper o bloqueio à Faixa de Gaza. Autoridades israelenses disseram, mais cedo, que “se eles não concordarem em retornar, assumiremos o controle da flotilha”.

Ativistas na flotilha disseram ontem à Al Jazeera: “Esperamos que Israel nos detenha esta tarde. Decidimos fazer uma greve de fome se Israel nos deter. É impossível aceitar a fome dos moradores de Gaza”. Hawaida Araf, uma das ativistas na flotilha, disse que “o navio está a cerca de 160 km de Gaza. Recebemos mensagens de que Israel irá deter o navio e não temos medo. A grande maioria é a favor da Palestina e contra a barbárie israelense. Se formos atacados, mais navios virão”.

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Na quinta-feira, o Ministério Público de Haifa, em nome do Estado de Israel, solicitou ao Tribunal Distrital de Haifa (que atua como tribunal marítimo) a apreensão permanente do navio Madleen em benefício do tesouro público. “O pedido apresentado pelo Ministério Público de Haifa (Cível) baseia-se no direito internacional, que concede aos Estados o direito de apreender embarcações que tentem violar um bloqueio marítimo, e ao tribunal a autoridade para ordenar sua apreensão. De acordo com o direito internacional, a violação ou tentativa de violação de um bloqueio confere ao Estado a autoridade para revistar a embarcação e apreendê-la”, afirmou.

Ativistas anti-israelenses embarcaram no navio Madleen para “romper o cerco e levar ajuda humanitária” à Faixa de Gaza, como eles mesmos disseram, incluindo a ativista climática sueca Greta Thunberg e o ativista brasileiro Thiago Dávila. O navio fez escala na costa de Gaza e de lá seguiu para o porto de Ashdod, quase um dia depois de as FDI o terem tomado. Nos dias seguintes, todos os ativistas foram deportados

A presença de Thunberg  virou manchete em todo o mundo assim que a flotilha partiu, algo que o navio Handala não conseguiu.

Fonte: Revista Bras.il a partir de Ynet
Foto: Freedom Flotilla Coalition (Captura de tela)

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