Massacre na Austrália na festa de Chanucá
Por David S. Moran
No fim da tarde de domingo (14/12), mais de 1.000 pessoas, a maioria judeus, concentraram-se na praia de Bondi, em Sidney para acender a primeira vela da Festa das Luzes, Chanucá. Pessoas pacatas que foram a praia para festejar. Mas, radicais islamistas tinham outro objetivo. O de matar o quanto mais de pessoas e estragar a festa. Pai e filho, que já em 2019 estiveram sob a mira dos Serviços de inteligência australiana, conseguiram quebrar a festa, atirando e matando 15 pessoas: a mais jovem, de 10 anos, e o mais velho, judeu sobrevivente do Holocausto de 86 anos e, ferindo outros 42.
No meio do tiroteio dos dois terroristas, uma pessoa conseguiu pegar um e desarmá-lo. Apurou-se que se trata de um sírio, Ahmad al Ahmad de 43 anos, que emigrou para a Australia e foi ferido duas vezes por balas. Verdadeiro herói. Um dos terroristas foi morto, o outro ferido e levado à hospital. O primeiro-ministro israelense, Netanyahu, sem saber dos detalhes apressou-se em dizer: “vimos a maldade e vimos o recorde do heroísmo judaico. Vi um judeu cair em cima do terrorista salvando muitas vidas”.
Este terrível ato soma-se à grave crise de antissemitismo, mesclado com anti-israelismo, que ora assola o mundo inteiro, muitas vezes sem a devida resposta e ou ação dos governos onde é cometido. Países democráticos muitas vezes não agem, temendo infringir os direitos humanos. Estes que são folha branca nas políticas dos países autocráticos e principalmente islâmicos.
Tanto é que os terroristas nada tem a ver com Israel e ou a questão palestina. Eles emigraram do Paquistão, o pai de 50 anos foi morto e o filho de 24 ferido, há anos participava de estudos da religião muçulmana no Centro Islâmico de Sidney. Lá ele foi tornar-se cada vez mais radical. No seu carro foi encontrada uma bandeira do Daesh (ISIS) e alguns artefatos explosivos. Isto é que o mundo ocidental não entende: os centros islâmicos têm que ser vigiados e agir de acordo com as leis locais e não de Maomé. Eu vivi em Nova York, na rua 96 com a 3ª Avenida e lá está a Mesquita de Manhattan. Toda sexta-feira tinha serviço religioso, as autoridades não permitiram usar os alto falantes, tudo era vigiado pelas autoridades A Australia é um país acolhedor de imigrantes, lá vivem 800.000 muçulmanos (3% da população) e cerca de 120.000 judeus (0,4%).
Netanyahu também culpou a atual política pro-palestina adotada pelo premier australiano Anthony Albanese de favorecer a execução de um atentado desses e exigiu sua demissão. Interessante que, ao mesmo tempo, ele não larga as rédeas do poder, quando sob seu governo ocorreu a maior chacina contra judeus, desde a segunda guerra mundial.
No dia seguinte, a praia de Bondi permaneceu vazia. À noite a famosa Opera Hall foi adornada com luzes de chanukiá (candelabro de 9 canos) e as bandeiras em todo o país foram baixados para meio mastro. O primeiro-ministro Albanese tentou mostrar que seu governo leva a sério a luta contra o antissemitismo e colocou buquê de flores no local do atentado, declarando que combaterá o antijudaísmo.
Hoje em dia, calcula-se que no mundo todo vivam 15 milhões de judeus e em todos os países onde vivem integram-se à comunidade geral e fazem tudo para se adaptar e progredir. Trazem benefícios em todos os campos desde as confecções até as altas ciências, economia, engenharia etc. Enquanto isto, os muçulmanos que são muito mais numerosos (1,5 bilhão) e emigram ao Ocidente, fecham-se em suas comunidades e em geral nem tentam se adaptar às novas comunidades. Eles se concentram em certos lugares, como por exemplo em Marselha, na França ou Malmo, na Suécia, e fazem os lugares se adaptarem aos seus costumes islâmicos, afugentando os cidadãos nativos.
Foto: Wikimedia Commons
Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não expressam necessariamente a opinião da Revista Bras.il.


