Mídia mundial ignora reféns e destaca sofrimento em Gaza
As imagens chocantes de Evyatar David e Rom Braslavski geraram indignação em Israel, mas receberam atenção mínima dos principais veículos de comunicação internacionais, muitos dos quais continuam a se concentrar no sofrimento palestino e nas alegações contra Israel.
As imagens, divulgadas no fim de semana, mostram Evyatar, de 24 anos, mantido em cativeiro por 666 dias, em um túnel, segurando uma pá e cavando o que ele diz ser sua própria cova. Em outro vídeo, Braslavski aparece magro e fraco, falando para a câmera em um ambiente mal iluminado, sobre as péssimas condições em que se encontra.
Os vídeos foram condenados pelo governo israelense e pelas famílias dos reféns como guerra psicológica e evidência da fome e tortura deliberadas. O ex-refém Tal Shoham, que foi mantido com Evyatar, disse que seus captores tinham comida em abundância, ar-condicionado e televisão, enquanto privavam os reféns de nutrição básica.
Apesar da natureza perturbadora dos vídeos, algumas das principais organizações de mídia do mundo deram pouca importância à história.
Na noite de sábado, a BBC publicou uma reportagem sobre a recusa do Hamas em se desarmar até o estabelecimento de um Estado palestino. A emissora mencionou o vídeo dos reféns apenas brevemente, concentrando-se mais na condenação da família, durante os protestos, do que no conteúdo do vídeo em si.
O jornal The Guardian destacou alegações de crimes de guerra israelenses em Gaza e sua página inicial omitiu qualquer referência aos vídeos. Em vez disso, apresentou reportagens sobre suposta fome entre palestinos e a morte de 18 pessoas supostamente baleadas por forças israelenses enquanto tentavam obter alimentos.
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A Sky News também se concentrou nas mortes em Gaza, tornando-as a principal notícia do site. Uma imagem lateral mostrava Evyatar em um dos vídeos, mas a reportagem não abordava seu caso.
A principal manchete da CNN referia-se às discussões políticas em torno da criação do estado palestino. Mais abaixo, no site, apareceu um artigo intitulado “Famílias de reféns israelenses realizam protesto de emergência após terroristas de Gaza divulgarem vídeos mostrando prisioneiros esqueléticos”. A emissora descreveu o Hamas e a Jihad Islâmica, os dois grupos que mantêm os reféns, como “organizações extremistas”.
O New York Times incluiu um pequeno item na seção Oriente Médio, intitulado “Novos vídeos de reféns espalham medo e horror em Israel”. Até a tarde de sábado, nem o The Washington Post nem o The Wall Street Journal haviam publicado uma reportagem sobre os vídeos mais recentes.
Em contraste, alguns veículos de comunicação europeus dedicaram espaço significativo à história. O jornal alemão Bild publicou uma manchete que dizia: “Hamas força refém israelense Evyatar David a cavar sua própria cova. Bárbaros!”. O artigo chamou o vídeo de “propaganda” e acusou o grupo de usar reféns para manipular a opinião pública.
Os tabloides britânicos The Sun e Daily Mail publicaram os vídeos com destaque. O Mail descreveu David como semelhante a “uma vítima de campo de concentração” e citou sua família alertando que ele poderia ter apenas alguns dias de vida. O jornal também fez referência ao vídeo da Jihad Islâmica de Braslavski, que o grupo afirmou ter sido gravado “antes de perdermos contato com ele e seus captores”.
Na Itália, o jornal La Repubblica noticiou que Evyatar parecia “esquelético”, embora tenha dado maior destaque aos relatos de escassez de alimentos em Gaza. O jornal francês Le Monde citou a família de Evyatar denunciando a “propaganda cruel” do Hamas. O jornal espanhol El País se concentrou na recusa do Hamas em depor as armas até que um Estado palestino fosse criado, com uma breve menção ao calvário de Evyatar abaixo da manchete.
Os vídeos reacenderam a raiva em Israel e entre grupos de defesa dos reféns, que dizem que a mídia internacional e as organizações de direitos humanos não destacam adequadamente o sofrimento dos reféns. “O mundo precisa ver o que está acontecendo”, disse um familiar. “Não se trata mais de negociação. Trata-se de humanidade”.
Fonte: Revista Bras.il a partir de Ynet
Fotos: Captura de tela
Muito triste o que o mundo nao ve, tem muito sofrinento sim em Gaza , mais tem muita mentira, colocam uma crianca esqueletica com doenca genetica ao lafo de uma mae bem forte e saudavel, para sencibilizar o mundo, e se espalha na midia mundial , agora os refens que estao morrendo de fome dentro dos tunel em gaza , que foram tirados de suas casas , sem do nem piedade ninguem ve, mundo cruel este.