ONU proíbe ONGs na conferência sobre dois estados
A conferência da ONU, liderada pela França e pela Arábia Saudita, que pede a criação de um Estado Palestino começou nesta segunda-feira. A conferência de três dias está sendo realizada após o controverso anúncio do presidente francês Emmanuel Macron, na semana passada, de que a França reconheceria um Estado Palestino em setembro.
A professora Anne Bayefsky, presidente da Human Rights Voices e diretora do Instituto Touro sobre Direitos Humanos e Holocausto, disse ao jornal Arutz Sheva que todas as ONGs foram proibidas de participar da conferência, apesar das garantias de que o evento seria aberto.
“Hoje, a multidão da ONU, agora liderada pela França e pela Arábia Saudita, lançou uma blitz frenética contra Israel. A analogia mais próxima é a velocidade do próprio 7 de outubro. Nada diz mais sobre como essa gangue internacional atua do que a maneira como esta conferência está sendo conduzida”, afirmou Bayefsky.
“Os mafiosos tomaram as salas principais da sede da ONU. A reunião foi anunciada como aberta pelo jornal diário da ONU. E então os franceses e os sauditas fecharam as portas e expulsaram os membros da sociedade civil ou de ONGs com crachá da ONU (que são todos pré-selecionados). Os agentes de segurança da ONU deram sua explicação: esta não é uma ‘reunião oficial da Assembleia Geral da ONU’, então os copatrocinadores podem decidir quem pode ou não comparecer”, disse ela.
Ela se perguntou: “Não é oficial? Isso está acontecendo em um prédio da ONU, pago pelos contribuintes americanos, segurando um microfone da ONU, e transmitido para todo o mundo pela imprensa da ONU autorizada a participar em massa deste evento de propaganda global. E quando cada discurso termina, clamando, na prática, pela destruição do Estado judeu (em nome da ‘paz’), a plateia cuidadosamente selecionada aplaude ruidosamente. Aplausos enlatados, direto da ONU”.
Segundo Bayefsky, “é assim que funciona a máfia internacional, um controle que não tem nada a ver com direitos, justiça ou liberdade”.
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No início da conferência, o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, afirmou que “não há alternativa” à solução dos dois estados e à criação de um estado árabe palestino”.
“Somente uma solução política de dois estados ajudará a responder às aspirações legítimas de israelenses e palestinos de viver em paz e segurança. Não há alternativa”, disse Barrot.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, também discursou na conferência, durante a qual dedicou uma frase a dizer que “nada pode justificar” o massacre de 7 de outubro cometido pela organização terrorista Hamas e a manutenção de reféns israelenses, antes de iniciar uma longa série de condenações a Israel por supostas ações em Gaza, Judeia e Samaria.
“Nada pode justificar a destruição de Gaza que se desenrolou diante dos olhos do mundo. A fome da população. O assassinato de dezenas de milhares de civis. A fragmentação ainda maior do Território Palestino Ocupado. A expansão implacável dos assentamentos. O aumento da violência dos colonos contra os palestinos”, disse Guterres.
O embaixador israelense na ONU, Danny Danon, condenou a conferência, afirmando: “Esta conferência não promove uma solução, mas aprofunda a ilusão. Em vez de exigir a libertação dos reféns e trabalhar para desmantelar o reinado de terror do Hamas, os organizadores da conferência realizam discussões e plenárias desconectadas da realidade”.
Fonte: Revista Bras.il a partir de Israel National News
Foto: Manuel Elias (ONU)