Por que?
Por Nelson Menda
A primeira coisa que faço pela manhã, logo depois de acordar, é sentar ao computador tanto para saber o que está ocorrendo pelo mundo quanto redigir algum texto. Já deu para perceber que, logo cedo, vencida a sonolência, as ideias afloram com mais espontaneidade e clareza.
Quais costumam ser os assuntos do meu interesse? Na área da política, tudo o que diga respeito ao Brasil, Estados Unidos e Israel. Não, obrigatoriamente, nessa ordem. Em relação a Israel, gosto de me atualizar a respeito da situação dos reféns aprisionados e mantidos em cativeiro pelos grupos terroristas que atacaram os participantes de um festival de música realizado perto da fronteira com Gaza.
Sinceramente, não consigo entender a lógica da realização daquele evento naquele exato local. O que tem chamado minha atenção foi o ataque perpetrado, na mesma ocasião, contra um kibutz, com o assassinato a sangue frio de homens, mulheres e crianças. Posso estar equivocado, mas se alguém ainda nutrisse a menor simpatia pela causa palestina, creio que deve ter mudado de opinião. Torço pela solução desse problema, que já deveria ter sido equacionado.
Ao mesmo tempo em que tomo conhecimento das novas sanções contra o Brasil por parte do atual governo norte-americano, questiono a razão de milhões de brasileiros terem burlado a legislação oficial, ao tentar ingressar – e permanecer – sem visto no país. Por que? Para que? Não consigo entender, amigos leitores.
A fase das vacas gordas na economia parece estar chegando ao fim e, na qualidade de filho, neto e bisneto de imigrantes que ingressaram no Brasil pela porta da frente, confesso minha perplexidade ante essa situação. Oxalá eu esteja equivocado e, na qualidade de incorrigível otimista, tudo se solucione da melhor maneira possível.
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