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Autoridades cancelam evento cristão na última hora

Milhares de cristãos ortodoxos que deveriam celebrar a Festa da Transfiguração na igreja do Monte Tabor, na sexta-feira, foram forçados a voltar, pois o evento não recebeu a permissão para a realização.

Entre os que chegaram para o feriado anual estão os cristãos que vivem em Israel e turistas cristãos que chegaram especificamente para o evento.

“A Festa da Transfiguração é um dos feriados mais importantes do cristianismo”, disse Wadie Abu Nassar, uma figura proeminente na comunidade cristã de Israel. Segundo a tradição cristã, Jesus subiu ao Monte Tabor com três dos seus discípulos e revelou-se como o Filho de Deus, com Elias e Moisés ao seu lado.

A Igreja Ortodoxa celebra o feriado todos os anos de 18 a 19 de agosto, mas tanto neste ano quanto no ano passado, as autoridades israelenses negaram a permissão para que o evento ocorresse.

“Milhares de crentes que vieram celebrar o feriado foram forçados a voltar depois que as autoridades não aprovaram o evento no último momento”, afirmou Abu Nassar.

“Há alguns dias, houve uma reunião entre o Conselho Ortodoxo de Nazaré e as autoridades, onde foi acordado que o evento aconteceria. Esperávamos que, após o cancelamento do evento no ano passado, o Corpo de Bombeiros nos apresentasse todos os requisitos de segurança que precisávamos cumprir para que pudéssemos realizar nossa cerimônia. Eles só nos informaram que o evento não atendeu aos requisitos horas antes do evento acontecer”.

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O chefe do Conselho Regional do Vale de Jezreel, Eyal Batzar, acrescentou: “Este é um incidente completamente desnecessário e sem fundamento que causa danos significativos a Israel em todo o mundo cristão”. Segundo ele, Einav Peretz, funcionário do Ministério do Interior encarregado do Distrito Norte de Israel, o procurou há vários meses e solicitou sua ajuda na organização do evento.

Batzar mantinha reuniões regulares com as autoridades competentes, embora o evento não ocorresse na jurisdição de seu conselho. “Fiz tudo a pedido do Ministério do Interior e em benefício de Israel, porque sabia que o evento do ano passado não tinha acontecido”, disse ele.

“Queria poupar Israel de um constrangimento. Há apenas uma semana, recebi a aprovação do Ministério do Interior para assinar um acordo com uma produtora do evento e escolhi uma pessoa experiente e profissional”, acrescentou.

“Ele se preparou e fez de tudo para que o evento acontecesse, mas para minha surpresa e pesar, soube que o Corpo de Bombeiros não aprovou o evento”.

De acordo com Batzar, “os Bombeiros e Resgate, de repente, levantaram demandas irracionais e ilógicas que não poderiam ser atendidas no curto espaço de tempo que faltava para o evento. Se tivessem nos avisado com antecedência que o evento não poderia acontecer, não teríamos nos esforçado à toa”.

O diretor da Associação de Operadoras de Turismo Receptivo de Israel, Yossi Fatal, disse que “este é um escândalo internacional e uma violação do direito à liberdade religiosa. A questão servirá como uma ferramenta nas mãos daqueles que procuram difamar Israel como um país que tenta prejudicar os cristãos”.

Yair Elkayam, chefe do Distrito Norte dos Serviços de Bombeiros e Resgate, disse que alertaram os organizadores de que o evento não atendia aos padrões de segurança exigidos há mais de meio ano devido a riscos de incêndio”.

“Tivemos inúmeras reuniões sobre essas questões com todas as partes envolvidas, alertando-as sobre a situação e solicitando que as medidas de segurança fossem reforçadas no local para mitigar o risco”, acrescentou.

Fonte: Revista Bras.il a partir de Ynet
Foto (ilustrativa): Patriarcado de Jerusalém

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