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Coalizão sofre derrota em votação para Comitê

A coalizão sofreu uma derrota ontem, na Knesset, quando a candidata da oposição, Karin Elharrar (foto), do Yesh Atid, foi eleita membro do Comitê de Seleção Judicial, que seleciona os juízes para a Suprema Corte.

A composição do Comitê de Seleção Judicial é uma das questões-chave no plano de reforma judicial do governo. A coalizão vota em um candidato no comitê e, tradicionalmente (embora não exigido por lei), permite que a oposição eleja um candidato.

O drama começou quando os líderes dos partidos de oposição, Yair Lapid e Benny Gantz, ameaçaram abandonar as conversações sobre a reforma judicial se seu candidato ao comitê não fosse eleito. O primeiro-ministro Netanyahu queria evitar prejudicar as negociações, temeroso dos protestos generalizados que eclodiriam em todo o país. No entanto, ele enfrentou a oposição de muitos membros da coalizão, que argumentaram que não havia necessidade de permitir uma vaga na comissão para a oposição, especialmente porque ela não havia prometido nada em troca.

Oito membros da coalizão apresentaram suas candidaturas para o comitê, enfurecendo a oposição, uma vez que isso permitiria à coalizão ter dois representantes eleitos, deixando a oposição sem representantes. Netanyahu pediu a todos os candidatos que retirassem suas candidaturas, exceto Yitzchak Kroizer, o principal candidato desde que o Otzma Yehudit recebeu a promessa do lugar do Likud no comitê durante as negociações da coalizão.

Todos os candidatos retiraram seus nomes, exceto, Tally Gotliv, do Likud, que se recusou a fazê-lo, levando a uma discussão aos gritos entre ela e o primeiro-ministro.

Netanyahu então tentou atrasar a votação em um mês usando uma cláusula processual específica da Knesset.

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Ele retirou a candidatura de Kroiser, deixando apenas Gotliv e Elharrar, e pediu a todos os membros da coalizão que votassem “não” para ambos os candidatos.

De acordo com a cláusula processual, se um candidato receber mais votos “não” do que “sim”, uma nova votação deve ocorrer dentro de um mês.

No entanto, o plano de Netanyahu deu errado. A votação, que é realizada por voto secreto, ocorreu e Elharrar foi eleita por 58 contra 56, o que significa que quatro membros rebeldes da coalizão votaram nela apesar das instruções de Netanyahu.

Gotliv recebeu apenas 15 votos. Outra eleição para nomear um representante da coalizão para o comitê será realizada dentro de 30 dias.

Após a votação, Lapid e Gantz deram uma entrevista coletiva e anunciaram que estavam suspendendo as negociações da reforma judicial até que um representante da coalizão fosse eleito para o comitê.

Eles também criticaram Netanyahu, a quem Lapid chamou de “um fraco e uma fraude”, por seu plano fracassado de atrasar a votação.

Enquanto isso, tendo em vista que quatro membros da coalizão votaram secretamente em Elharrar, o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, pediu o avanço imediato de parte da legislação de reforma do Judiciário.

Ben-Gvir disse que “o fato de alguns membros do Likud terem votado contra a posição da coalizão é muito preocupante e levanta um grande ponto de interrogação sobre se todos os membros do Likud estão comprometidos com a reforma judicial”.

“À luz disso, convoco meus amigos, o primeiro-ministro Netanyahu, o ministro da Justiça Yariv Levin, e o presidente do Comitê de Constituição Simcha Rothman, a levar imediatamente à votação na segunda e terceira leituras a lei para alterar a composição do Comitê de Seleção Judicial, e em votação aberta veremos se todo o Likud está comprometido com a direita ou não”, disse Bem Gvir.

Fonte: The Yeshiva World
Fotos: Wikimedia Commons

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