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Eu e Israel

Por Roni Szuchman

Completei três anos aqui em Israel e como em qualquer relação, existem seus altos e baixos. Que fique claro que não estou reclamando de Israel, não é o lugar que tem que se adaptar ao forasteiros. Sempre descrevi a minha aliá (imigração) de forma positiva, mas hoje vou rosetar as três coisas que não gosto em Israel:

Comida – Minha mãe não só cozinha bem como também é chefe de cozinha. Isso me transforma em um chato na hora de dizer que a comida está deliciosa. Não que eu não coma, eu como de tudo (que não tenha pimenta). Mas pra mim a comida aqui não é pra mim. Me perdoem os israelenses, a culinária não é o seu forte: claro que isso é questão de gosto, mas não ter gosto de nada, não ajuda…

Hebraico – Não é que eu não goste do hebraico, eu odeio! Provavelmente eu tenha algum bloqueio ou demência mental, mas simplesmente, após estes três anos, eu pareço um idiota diante da língua. Quanto mais entendo, mas percebo que não vou aprender. É uma patologia que me dá nos nervos. Depois de aprender três línguas, além da minha língua mãe, o hebraico se recusa a me dar trégua e me odeia de volta!

Mulheres – Antes que fique estranho esta palavra aqui, não sou eu que não gosto das mulheres em Israel, são elas que não me dão bola. Ao contrário de minha terra natal, onde não passo despercebido por elas, aqui eu sou simplesmente ignorado. Como já me foi dito aqui, inúmeras vezes, a minha aparencia soviética não me favorece. Mas o mesmo acontece ao contrário, as israelenses, me parecem, na média, altas, magras, com um nariz promitente, cabelos encaracolados e armados. Descrevendo assim, fica lembrando o Garibaldo, grande pássaro amarelo da Vila Sésamo…

Brincadeiras à parte, é claro que existem mulheres lindas em Israel, aos poucos eu vou entendendo um pouquinho do hebraico e cozinhado em casa.

Falando sério, estou em um relacionamento com uma israelense, trabalho usando as outras línguas, não precisando do hebraico (que um dia vou derrotar) e encontrei lugares chaves com refeições deliciosas.

Que venham mais anos felizes aqui em Israel.

Dica útil: se decidir fazer a aliá, traga um lanchinho…

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não expressam necessariamente a opinião da Revista Bras.il.

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