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Ex-procuradora-geral militar irá ao tribunal hoje

Após o drama da noite passada, em que houve um sério temor por sua vida durante várias horas, a ex-procuradora-geral militar, major-general Yifat Tomer-Yerushalmi, foi presa de madrugada pela polícia e será levada ao tribunal de Tel Aviv esta manhã, com um pedido de prorrogação da prisão preventiva.

O ex-procurador-geral militar Matan Solomesh também foi preso durante a madrugada, e mais prisões podem ocorrer ao longo do dia. O telefone pessoal da major não foi localizado e um oficial superior da polícia disse ao Canal 14 que há “séria suspeita de obstrução de processo investigativo”.

Entre as sérias suspeitas contra a procuradora-geral militar, está a de obstrução de procedimentos de investigação. Além disso, está sendo apurado se Tomer-Yerushalmi teria simulado uma tentativa de suicídio para ocultar seu celular. Ela também está sendo investigada por suspeita de fraude e abuso de confiança.

A polícia informou, esta noite, que mais duas pessoas foram presas no caso: “Após questionamentos de repórteres, informamos que, como parte da investigação conduzida por uma equipe especial da Polícia de Israel, sob suspeita de vazamento de informações e outros crimes graves, foi tomada recentemente a decisão de prender duas figuras centrais envolvidas no caso”.

Na sexta-feira, cerca de 48 horas após o anúncio do porta-voz das Forças de Defesa de Israel sobre a abertura de uma investigação criminal, a procuradora-geral militar apresentou uma carta de demissão na qual admitiu ter aprovado o vazamento do vídeo para o Canal 12, tal como o seu porta-voz também admitiu durante o teste do polígrafo a que foi submetida pelo Shin Bet.

Na carta, ela escreveu: “Autorizei a divulgação do material à mídia numa tentativa de repelir a propaganda falsa contra as forças policiais no exército”. Ao fazer isso, ela também admitiu ter mentido no relatório apresentado ao Supremo Tribunal de Justiça e a outras autoridades sobre a incapacidade da promotoria de localizar a fonte do vazamento.

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Além disso, durante o fim de semana, foi revelado que Tomer-Yerushalmi discutiu o assunto com cerca de 8 oficiais do Ministério Público Militar em um grupo de WhatsApp antes do vídeo vazar para o Canal 12. Após a transmissão, ela escreveu que estava satisfeita por “haver audiência”, enquanto o procurador-geral militar a alertava de que isso poderia se voltar contra eles.

Tomer-Yerushalmi estava desaparecida desde a manhã de ontem, o que levou ao início de uma extensa operação de busca. Segundo fontes policiais, os agentes que chegaram à sua casa na manhã de domingo para coordenar a investigação não a encontraram e, desde então, o contato com ela foi interrompido, aumentando o temor por sua vida.

Após receberem a notícia de seu desaparecimento, foram iniciadas buscas lideradas pela Polícia de Israel, com o auxílio de unidades especiais das FDI. As buscas concentraram-se na área de Sharon e na costa norte de Tel Aviv, utilizando meios tecnológicos avançados.

Mais tare, foi relatado que Tomer Yerushalmi foi encontrada saudável e ilesa, e levada para exames médicos. Em uma carta encontrada em seu carro abandonado perto da beira do penhasco, ela escreveu: “Filhos, eu amo vocês, sejam fortes”.

Durante o interrogatório policial, ela também deve ser questionada sobre as circunstâncias de seu desaparecimento. Os investigadores observaram que seu celular, considerado peça-chave na investigação, estava desligado e ainda não foi localizado. Como mencionado, um oficial superior da polícia disse que “o desaparecimento do celular é uma forte suspeita de obstrução da justiça”, o que se soma às outras sérias suspeitas contra ela.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou na reunião de gabinete deste domingo que a procuradora-geral recentemente demitida, foi responsável pelo “maior desastre de diplomacia pública da história”, em relação ao vazamento de imagens que supostamente mostram o abuso de terroristas presos na base militar de Sde Teiman.

“O incidente causou imensos danos à imagem de Israel e das FDI. Isto exige uma investigação independente e imparcial”, declarou Netanyahu. Tomer-Yerushalmi admitiu o vazamento em sua carta de demissão, o que provocou grande indignação pública.

Fonte: Revista Bras.il a partir de Canal 14
Fotos: Captura de tela (Walla) e Wikimedia Commons

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