Famílias de vítimas movem processo contra AP

14 de julho de 2025 Marcia Sasson

Uma ação civil foi proposta no tribunal, no domingo, acusando a Autoridade Palestina (AP) de responsabilidade direta pelos ataques terroristas de 7 de outubro de 2023.

O processo, no valor de aproximadamente um bilhão de shekels em indenização, foi movido em nome de cerca de 200 demandantes, herdeiros de vítimas assassinadas no festival de música Nova e em outros locais na região de Gaza.

Este é um dos processos mais significativos já movidos contra a Autoridade Palestina, tanto em termos de número de demandantes quanto de escopo financeiro. O caso é acompanhado de perfis detalhados de cada vítima, proporcionando uma dimensão pessoal e emocional, além dos argumentos jurídicos.

Os advogados Yossi Ashkenazi e Roy Schöndorf, que estão conduzindo o processo enfatizaram que, caso o tribunal decida a favor dos autores, a indenização provavelmente será retirada de fundos previamente apreendidos da Autoridade Palestina. Esses fundos, estimados em NIS 3 bilhões, foram congelados pelo governo israelense após o massacre de 7 de outubro.

O advogado Schöndorf declarou: “Este é um dos maiores processos do gênero contra a Autoridade Palestina, tanto em termos do número de autores quanto do valor da indenização pleiteada, que ultrapassa um bilhão de shekels. Solicitamos ao tribunal que responsabilize a Autoridade Palestina por seu apoio sistemático ao terrorismo, incluindo incentivos financeiros oferecidos a prisioneiros de segurança, suas famílias e às famílias de terroristas mortos em combate. Demonstraremos como esse apoio desempenhou um papel direto na viabilização das atrocidades de 7 de outubro, nas quais mais de 1.200 israelenses foram assassinados e 252 sequestrados”.

Os autores argumentam que a Autoridade Palestina tem responsabilidade legal e moral, devido à sua política de incentivo ao terrorismo por meio de pagamentos diretos e incitação.