Ir para o conteúdo
IsraelNotícias

Hamas analisa proposta de cessar-fogo de Trump

O grupo terrorista Hamas sugeriu nesta quarta-feira que estava aberto a um acordo de cessar-fogo com Israel, mas não chegou a aceitar uma proposta apoiada por Washington, anunciada pelo presidente dos EUA, Donald Trump, horas antes, insistindo em sua posição de que qualquer acordo teria que por fim completo à guerra em Gaza.

“O Hamas está pronto e falando sério sobre chegar a um acordo”, disse o porta-voz do Hamas, Taher al-Nunu, em um comunicado. “Estamos prontos para aceitar qualquer iniciativa que leve claramente ao fim completo da guerra”.

Enquanto isso, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu que “não haverá Hamas” na Faixa de Gaza do pós-guerra.

As declarações foram feitas depois que Trump anunciou que Israel havia aceitado os termos de um cessar-fogo de 60 dias, durante o qual Washington trabalharia em direção a um acordo mais amplo para encerrar o conflito.

No entanto, a questão central, se um cessar-fogo marcará o fim da guerra ou será simplesmente uma pausa tática, continua sendo o principal obstáculo para se chegar a um acordo, segundo fontes com conhecimento das negociações.

Israel reiterou repetidamente que não encerrará a operação militar até que o Hamas seja derrotado e deixe de representar uma ameaça. Por sua vez, o Hamas exige que qualquer acordo contemple o fim definitivo das hostilidades, sem possibilidade de retomada.

LEIA TAMBÉM

Uma delegação do Hamas deve viajar ao Cairo, nesta quarta-feira, para conversas com mediadores egípcios e catarianos. A informação foi confirmada por uma autoridade egípcia que falou sob condição de anonimato, pois não estava autorizada a falar publicamente sobre as negociações.

A proposta de cessar-fogo promovida por Washington chega em um momento crucial, com crescente pressão internacional por uma solução que ponha fim à guerra de mais de 20 meses em Gaza e permita o progresso em direção a um acordo para libertar reféns e reconstruir o enclave palestino.

O Hamas disse, em um breve comunicado na quarta-feira, que recebeu uma proposta dos mediadores e está mantendo conversas com eles para “preencher lacunas” e retornar à mesa de negociações para tentar chegar a um acordo de cessar-fogo.

As negociações continuaram com base em uma versão alterada da proposta do enviado dos EUA, Steve Witkoff, que teria os 50 reféns restantes, dos quais menos da metade ainda estariam vivos, libertados após serem mantidos em cativeiro por mais de 600 dias, em troca de uma retirada israelense completa de Gaza e do fim da guerra.

Israel disse que só concordará em acabar com a guerra se o Hamas se render, se desarmar e se exilar, algo que o grupo se recusa a fazer.

Fonte: Revista Bras.il a partir de Iton Gadol e AP
Foto: FDI

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *