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Hamas se recusa a libertar apenas reféns vivos

De acordo com reportagens publicadas pela CNN e pelo New York Times, nesta terça-feira, o grupo terrorista disse explicitamente aos mediadores que alguns dos 33 reféns que libertaria na primeira fase do acordo não estão vivos.

Segundo a mídia, o grupo terrorista não informou aos interlocutores quantos dos 33 estariam vivos.

O Hamas disse que libertaria apenas 18 reféns, a menos que Israel concordasse em acabar com a guerra, de acordo a CNN.

A rede também disse que o Hamas se recusou a libertar apenas reféns vivos na primeira fase do acordo e insistiu que se 33 reféns fossem libertados, eles incluiriam alguns cadáveres.

O grupo terrorista também exige que Israel não se oponha à libertação de qualquer prisioneiro das suas prisões, abrindo caminho para a libertação de Marwan Barghouti, que está preso há mais de 20 anos depois de ter sido condenado por diversos assassinatos. Ele é considerado um dos principais candidatos para substituir o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.

Entre as exigências feitas pelo Hamas, estaria a permissão para que os palestinos  libertados por Israel permanecessem na região da Samaria e Judeia e não fossem exilados em Gaza, como Israel exigiu.

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O Hamas quer a libertação de 30 palestinos, acima dos 20 anos, para cada refém civil israelense libertado e de 50 palestinos, acima dos 40 anos, para cada mulher soldado.

A suposta aprovação da proposta de cessar-fogo pelo Hamas, anunciada na segunda-feira, não conseguiu impedir o início da ação israelense em Rafah. Israel rejeitou a exigência de acabar com a guerra e afirmou que o Hamas apresentou uma proposta radical, que foi recusada.

No entanto, uma delegação israelense participará das conversações no Cairo, apesar das acusações de que os EUA “prepararam uma armadilha” para Israel

Relatos anteriores afirmavam que pela proposta do Hamas, a primeira fase do acordo, duraria 42 dias, durante os quais o Hamas libertaria 33 prisioneiros israelenses, incluindo mulheres (civis e soldados), crianças (menores de 19 anos), adultos (mais de 50 anos), bem como civis doentes e feridos.

O Hamas libertaria 3 reféns no terceiro dia do acordo, depois mais três a cada 7 dias e, finalmente, todo o resto. Se o número de reféns israelenses vivos não atingisse os 33, o Hamas compensaria a diferença com corpos devolvidos da mesma categoria. Na segunda fase, todos os homens, civis e soldados israelenses vivos seriam libertados. Na terceira e última etapa, haveria trocas de corpos e restos mortais.

Na segunda-feira, o Gabinete de Guerra reuniu-se novamente para determinar se a delegação que se deslocava ao Cairo teria o poder de conduzir negociações. O gabinete decidiu por unanimidade “que a resposta do Hamas era fraca e Israel não poderia aceitá-la”.

O New York Times relatou que as autoridades americanas estavam indignadas com a resposta do Hamas às discussões para chegar a um acordo para a libertação dos reféns.

Segundo a reportagem, no final da semana passada, os EUA enviaram uma mensagem por meio de intermediários de que as respostas do Hamas à proposta egípcia de um acordo para libertar reféns em troca de um cessar-fogo “são inaceitáveis”.

Em resposta, o Hamas anunciou que iria formular uma resposta diferente e apresentou a sua resposta ontem, alegando que aceitava a proposta de cessar-fogo.

As autoridades dos EUA manifestaram-se indignadas com a segunda resposta do Hamas, que levantou dificuldades adicionais para posições que Israel tinha concordado em avançar.

Os EUA aguardam agora para ver como se desenvolverão as reuniões atualmente realizadas com a delegação israelense no Cairo, no entendimento de que a atual reação do Hamas distancia mais uma vez a possibilidade de se chegar a um acordo para a libertação dos reféns.

Fonte: Revista Bras.il a partir de Ynet e Israel National News
Foto: Shutterstock

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