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Houthis dizem ter prendido rede de espionagem

Os Houthis do Iêmen afirmaram, no sábado, ter descoberto uma “rede conjunta de espionagem” supostamente operada pela CIA, Mossad, inteligência saudita e inteligência militar das FDI. O grupo disse ter prendido membros da rede, acusando-os de operar dentro do Iêmen sob comando saudita.

Segundo um comunicado divulgado pelo Ministério do Interior controlado pelos Houthis, a “sala de operações” da rede ficava na Arábia Saudita e dirigia células menores em todo o território iemenita. Os Houthis alegaram que o centro de comando saudita fornecia às células equipamentos avançados de vigilância e monitoramento, e afirmaram que oficiais da inteligência e militares israelenses estavam diretamente envolvidos na gestão da rede.

O comunicado diz, ainda, que os agentes foram treinados por oficiais americanos, israelenses e sauditas em território saudita e encarregados de coletar informações sobre instalações militares e de segurança iemenitas, incluindo locais de produção de armas, lançadores de mísseis balísticos e bases de drones. Os Houthis afirmaram que a rede também monitorava líderes civis e militares, seus quartéis-generais e movimentações em campo.

O Ministério do Interior apelou aos cidadãos iemenitas para que “permaneçam vigilantes contra movimentos inimigos que visem minar a segurança e a estabilidade internas e enfraquecer a frente militar que apoia Gaza”.

O grupo divulgou vídeos mostrando vários detidos, que seriam membros da rede de espionagem, aparentemente confessando suas atividades. Os indivíduos pareciam estar lendo declarações pré-escritas, alegando terem recebido “cursos de treinamento internacionais e locais”, viajado frequentemente e coletado informações por meio de organizações humanitárias e operações de ajuda. Os houthis alegaram que eles usavam tecnologias avançadas e aplicativos criptografados para transmitir informações.

Os houthis já detiveram funcionários da ONU e trabalhadores humanitários, acusando-os de espionagem e colaboração com Israel, alegações que permanecem sem comprovação. O grupo afirma repetidamente ter capturado “redes de espionagem israelenses” no Iêmen, embora nenhuma evidência independente jamais tenha corroborado essas alegações.

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Os houthis, apoiados pelo Irã, começaram a lançar mísseis e drones contra Israel logo após o início da guerra em Gaza, em outubro de 2023, alegando que suas ações eram em apoio ao povo de Gaza.

Israel respondeu com vários ataques contra alvos Houthi no Iêmen, incluindo um ataque em agosto no qual muitos dos líderes do grupo foram eliminados, entre eles o chefe do Estado-Maior Militar, Muhammad Abd Al-Karim al-Ghamari, que foi ferido e acabou falecendo em decorrência dos ferimentos.

Fonte: Revista Bras.il a partir de Israel National News
Foto: Henry Ridgwell (Wikimedia Commons)

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