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Identifique-se com os bons, não com os maus

Por David S. Moran

Logo após o selvagem e genocida ataque perpetrado pela organização terrorista Hamas contra o Estado de Israel, muitos países, principalmente ocidentais, identificaram-se com o sofrimento de Israel e o apoiaram. Os Estados Unidos não mediram forças para ajudar Israel. Logo enviou dois porta-aviões para se aproximar da região, mostrar a quem tentasse intervir na guerra, que não o fizesse, pois os EUA estavam ao lado de Israel.

Uma caravana de aviões veio com material bélico que Israel necessitava e também usou o seu direito de “voto de ouro” no Conselho de Segurança da ONU, para vetar decisões antiisraelenses. Da Alemanha, França, Inglaterra e outros países, vieram dirigentes prestar solidariedade e demonstrar que o mundo Ocidental está pronto para acabar de vez com os terroristas do Hamas e outras organizações terroristas. Isto incluía, sem falar abertamente, também países árabes como o Egito, a Jordânia, Emirados Árabes Unidos e outros, que temem os extremistas jihadistas, tanto ou mais que Israel, por conhecê-los bem.

As guerras-relâmpago, tipo Seis Dias (1967), já se passaram. Agora, tem que lidar com organizações terroristas que recebem material bélico moderno, subjugam sua população, que depende da boa vontade do Hamas e da escavação de túneis, avaliados em cerca de 1.000 km.

Esta semana, as FDI fizeram explodir pelos ares um túnel que ligava o norte ao sul, numa extensão de 10 km. Se tivessem boa vontade, podiam escavar o metrô de Israel, que ainda não existe. Os dois lados ganhariam. Os gazenses teriam emprego e melhores condições de vida e os israelenses melhor transporte público.

Com o passar do tempo, o foco passou a esta guerra, que Israel chama de Espadas de Ferro. A guerra da Rússia contra a Ucrânia que já entrou no 3º ano, não interessa ninguém. Não é bem que não interesse, é que os ucranianos não têm simpatizantes tão ativos quanto os palestinos.

Agora, tudo mudou. O islão é a religião que mais se alastra pelo Ocidente. Se a vida é ruim na Líbia, os líbios fogem para a Itália. Se é ruim no Afeganistão, Paquistão, Somália, etc. os muçulmanos emigram na maioria dos casos para Grécia, França, Suécia, Holanda, Inglaterra, Canadá e outros. Nos novos países eles não procuram se integrar, eles concentram-se em bairros próprios. Os judeus quando fugiram dos pogroms, ou depois do Holocausto, procuraram integrar-se as sociedades para onde foram e prosperar com elas.

Na Europa, há cidades e bairros que os “nativos” do país, não ousam entrar, temendo os novos imigrantes. Por serem muito numerosos, os políticos locais não os confrontam para não perder votos quando houver eleições. Então, chegamos ao ponto em que há muitas manifestações ruidosas e ameaçadoras que os árabes e/ou muçulmanos fazem, geralmente partindo das mesquitas. Essas ameaças acontecem nas ruas ou em eventos. Um dos exemplos recentes é o comediante Jerry Seinfeld, que já foi alvo de várias manifestações pró-palestinas, acusado de “apoiar o genocídio de Israel”. Outo exemplo é o absurdo que a direção do festival de música Eurovision, ameaça boicotar a canção israelense, apenas por ter o título de “A chuva de outubro”. O mesmo acontece quando milhares de pessoas das artes exigem que Israel seja excluído do Festival de Veneza, por ser “genocida”.

O mundo se subjuga aos violentos e baderneiros, em vez de enfrentá-los. Não me lembro de manifestações violentas de grupos ou organizações judaicas ao redor do mundo. Por outro lado, infelizmente, ouvimos e vimos protestos violentos de grupos muçulmanos em Paris, Marselha, Londres, Malmo e até em Nova York e Chicago. Vejam o caso dos Houtis, no Iêmen. Este grupo, relativamente pequeno, com a ajuda do Irã, conseguiu derrubar o governo do país e tomar o poder. O Iêmen é um país paupérrimo, mas os houtis investem em armamento e agora, a mando do “patrão “iraniano, ameaça atacar navios mercantis que estão para passar no Estreito de Bab al Mandeb, na travessia do Oceano Índico ao Mar Vermelho. As maiores companhias de navegação, pararam de passar por ali e, em consequência, contornam o continente africano, que estende mais o transporte e aumenta os custos. Consequência adicional é a perda de verbas do Egito, pois o Canal de Suez é uma grande fonte de renda e quase parou de funcionar. O mesmo acontece com a Jordânia, cujo porto de Aqaba está quase paralisado. Os dois, são países árabes, sofrem e ninguém se preocupa. Navios de guerra dos EUA e da Inglaterra, eventualmente atacam os houtis, mas o resto do mundo se subjuga aos violentos.

Até no Brasil, o presidente Lula falou algumas bobagens para agradar na convenção da Cúpula da União Africana realizada em Adis Abeba. Talvez quisesse agradar a alguns países árabes. No passado, Lula quis intermediar entre as partes e, agora, perdeu esta possibilidade.

Por incrível que pareça, o lado que começou a guerra e que causou o maior ataque a judeus desde a Segunda Guerra Mundial, os palestinos da Faixa de Gaza e seus compatriotas da Autoridade Palestina, que se identificaram com a barbárie, ao lugar de serem castigados, recebem apoio e talvez recompensa do maior aliado de Israel. O presidente Biden, em ano de eleição, num comício, disse que está pensando em (recompensar os terroristas) e reconhecer unilateralmente a criação de um estado palestino. Ora, Israel já ofereceu diversas vezes a divisão da região em Estado Judeu e Estado Árabe e quem não aceitou foram os palestinos. Quando eles cantam “libertem a Palestina, do Rio ao Mar”, eles chamam a destruição do Estado de Israel. O Rio é o Jordão e o Mar é o Mediterrâneo. Nem Biden não saberia em que fronteiras seria criado este estado e quais seriam as garantias para preservar Israel de ataques palestinos, ou até mesmo da Hizballah, no Norte. Israel jamais atacou os palestinos, sempre partiu para a briga depois de ataques palestinos.

Biden diz estar farto de Netanyahu e dos seus truques. Em entrevista nesta semana disse: “o governo atual de Israel é superconservador com Ben-Gvir e outros e, se não mudar, Israel perderá a simpatia e o apoio do mundo”. Pelas pesquisas, a maioria dos israelenses também está farta de Netanyahu, que também não assume nenhuma responsabilidade, mas ele foi eleito. Evidentemente, Netanyahu não podia ficar para trás, sem responder. Desafiando o presidente Biden, Netanyahu disse (27): “pela pesquisa Howard-Harris, 82% dos americanos apoiam Israel frente o Hamas”. Mas, esta não é toda a verdade. Sim, 67% apoiam o cessar fogo após a libertação dos reféns e a expulsão do Hamas. Infelizmente, número crescente de jovens, passam a não apoiar tanto Israel quanto seus pais.

Israel não consegue passar ao mundo, por n razões, que é o mocinho da história e não o malvado. Os israelenses não querem a guerra. Infelizmente, são obrigados a lutar e combater para se defender. Israel cria e desenvolve novas invenções que beneficiam o mundo todo, enquanto o outro lado é incitado ao martírio. Isto tem que entrar bem profundamente no cérebro do mundo Ocidental que será o próximo a sofrer com as mudanças islâmicas no Ocidente.

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