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Knesset revisará prontidão para terremotos

Um comitê de alto nível da Knesset realizará uma reunião, na próxima semana, para revisar a prontidão do país para terremotos, após os tremores na Turquia e na Síria que deixaram milhares de mortos.

O presidente do Comitê de Assuntos Internos e Meio Ambiente da Knesset, Ya’akov Asher, convidará representantes de todos os ministérios e agências de emergência para participar da reunião, disse o porta-voz da Knesset.

A reunião examinará o estado dos edifícios e “a prontidão das agências de emergência para lidar com uma crise”.

Enquanto isso, o gabinete do primeiro-ministro disse que Benjamin Netanyahu instruiu o presidente do Conselho de Segurança Nacional, Tzachi Hanegbi, a realizar uma avaliação situacional sobre a preparação do governo para terremotos. Hanegbi realizará em breve uma reunião sobre o assunto com representantes de todos os ministérios relevantes.

O controlador do estado Matanyahu Englman também pediu às autoridades para fortalecer o país contra um terremoto e apontou o desastre na Turquia e na Síria como indicações da urgência de fazê-lo.

“Os terremotos devem acender uma luz de alerta brilhante para o governo de Israel e as autoridades locais”, disse Englman.

Na segunda-feira, um forte terremoto de magnitude 7,8 abalou o sudeste da Turquia e o norte da Síria, derrubando edifícios e contabilizando, até agora, mais de 6.000 vítimas fatais. O terremoto também foi sentido em algumas partes de Israel, embora nenhum dano ou ferimento tenha sido relatado. Outros tremores foram sentidos na Turquia e na Síria no final do dia, incluindo um de magnitude 7,5.

Englman apelou ao Ministério do Interior e ao Ministério da Habitação e Construção, dizendo: “Não esperem que tal desastre ocorra em Israel. Ajam imediatamente sobre a preparação do país para terremotos”.

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O controlador disse que seu gabinete publicará em breve um relatório sobre a preparação das autoridades locais para terremotos e sobre a prontidão de seus serviços de emergência para suas consequências.

A revisão, realizada no ano passado, concentrou-se em cinco autoridades locais localizadas ao longo do Grande Vale do Rift ou Vale da Grande Fenda – Beit She’an, Tiberíades, Safed, Kiryat Shmona e Hatzor HaGlilit – que são consideradas de maior risco. O relatório também examina vários ministérios e outros órgãos, com ênfase no Ministério do Interior, o centro nacional de mapeamento e o comitê gestor interministerial para preparação para terremotos.

Englman observou que relatórios anteriores sobre essas áreas e outras na periferia indicavam que o plano estadual TAMA 38, que visa fortalecer edifícios em risco, não foi suficientemente implementado e outras ações são necessárias.

Englman apontou para um relatório de 2018 de seu antecessor que estimou que um grande terremoto poderia matar 7.000 pessoas e deixar 170.000 desabrigados. No ano passado, um relatório do controlador constatou que havia 600.000 edifícios no país que não atendem ao padrão de resistência a terremotos.

“Esses apartamentos correm o risco de desabar se houver um terremoto aqui”, disse Englman.

Um relatório do centro de informações da Knesset, de novembro do ano passado, revelou que não há uma política governamental definida sobre a prontidão para terremotos, já que nenhum ministério específico recebeu a responsabilidade pelo assunto. Além disso, não há estimativa precisa do número total de edificações em risco no país.

O governo lançou o plano TAMA 38 em 2005, uma iniciativa urbana destinada a incentivar os inquilinos a fortalecer as estruturas de seus edifícios.

No entanto, um projeto para obras previstas no TAMA 38 leva pelo menos três anos para ser aprovado, com o tempo de espera podendo chegar a quase cinco anos em áreas mais populosas do país, como a área metropolitana de Tel Aviv.

Os líderes partidários da coalizão falaram sobre o terremoto durante suas reuniões semanais na Knesset.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, em reunião do seu partido Likud, disse que havia instruído o chefe do Conselho de Segurança Nacional, Tzachi Hanegbi, a atualizar e reiterar “os passos que precisamos tomar e as ordens da Frente Interna das FDI para civis”.

O primeiro-ministro apelou a todos os cidadãos “para cumprirem as instruções”.

Israel encontra-se ao longo de uma linha de falha ativa, o Grande Vale do Rift, ou o Rift sírio-africano, um rasgo na crosta terrestre que inclui a área da fronteira que separa Israel e a Jordânia.

O último grande terremoto a atingir a região foi em 1927 – um tremor de magnitude 6,2 que matou 500 pessoas e feriu 700 – e os sismólogos estimam que tais terremotos ocorram nesta região a cada 100 anos, aproximadamente.

Fonte: The Times of Israel
Foto: Wikimedia Commons

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