Laser elimina dor crônica dos soldados
Com o andamento da guerra de Israel contra o Hamas em Gaza, médicos e profissionais de saúde em todo o país mobilizaram-se para ajudar a tratar e reabilitar as centenas de soldados feridos no conflito.
Entre os tratamentos inovadores oferecidos por hospitais e instituições de reabilitação está uma terapia baseada em laser que combate a dor crônica sentida pelos soldados.
O uso do laser de baixa intensidade que administra o tratamento e o tratamento em si é trabalho do especialista israelense nascido no Canadá, Ed Shane.
Shane trabalha no Sheba Medical Center, internacionalmente reconhecido, o maior hospital de Israel e de todo o Oriente Médio, que no final de outubro abriu uma nova unidade dedicada à reabilitação de soldados e civis feridos na guerra.
Ele disse que já estava tratando veteranos feridos com dores crônicas quando a guerra estourou após o ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro.
Desde então, aumentou a sua prática ao tratamento de soldados para os quais o atual conflito teve um impacto físico, e não apenas devido a ferimentos sofridos em batalha.
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“Também estamos vendo soldados voltando do front e sentindo dores nas costas porque carregam cargas muito pesadas”, explica Shane. “E eles não podem simplesmente dizer ‘sinto muito, estou com dores nas costas. Não posso carregar isso’. Há uma guerra acontecendo”.
O sistema de laser que Shane usa é um pequeno dispositivo portátil chamado “Handy Cure”, que também está disponível para uso doméstico. Shane, no entanto, combina o tratamento a laser com acupuntura e outras terapias para uma abordagem mais holística.
“Estou recebendo um feedback muito bom de que esses tratamentos são úteis”, diz ele. “Quando usamos, há redução da dor e sensação de melhor mobilidade, menos tensão”.
Na verdade, diz ele, muitos pacientes dizem que experimentam uma melhoria imediata, por vezes relatando uma melhoria de até 80 por cento.
O conceito de uso de lasers para dor crônica foi desenvolvido pela primeira vez há cerca de 20 anos na Rússia para tratar cosmonautas, depois que nenhuma outra solução funcionou.
O tratamento a laser tem uma série de efeitos nas funções químicas do corpo, explica Shane. Estimula as mitocôndrias, as “células de energia” que criam energia no corpo. Isso, por sua vez, causa a liberação de trifosfato de adenosina (ATP), uma molécula que fornece energia para funções celulares, como a contração muscular.
Além disso, segundo Shane, o tratamento também ativa as células-tronco do corpo, o que ele explica ser muito importante para reparar danos.
“Os benefícios são alívio da dor, reparação de tecidos, efeitos antiinflamatórios e alguma regeneração neurológica”, explica.
Ele diz que o tratamento é supostamente “muito bom” para curar feridas e que gostaria de explorar esse caminho também.
Fonte: Revista Bras.il a partir de NoCamels
Foto: FDI
