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Reda Mansour condena tratamento no aeroporto

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pediu desculpas ao embaixador de de Israel no Panamá, Reda Mansour, um membro da minoria drusa de língua árabe, depois que ele e sua família passaram por exames extras de segurança no aeroporto de Tel Aviv. O Ministério das Relações Exteriores disse em um comunicado que ainda está analisando o caso.

Reda Mansour, que foi embaixador no Brasil de 2014 a 2016, publicou em sua página no Facebook que o segurança do aeroporto discriminou ele e sua família ao saberem que eram de uma aldeia árabe no norte do país.

Mansour disse que assim que o oficial da segurança, na entrada do aeroporto, ouviu que eles eram da aldeia drusa de Ussafiya, perto de Haifa, pediu ao motorista que parasse, entrou no veículo e pediu a todos os ocupantes, incluindo a esposa de Mansour e duas filhas, que apresentassem seus passaportes e se identificassem. Segundo Mansour, o tom e a linguagem corporal do guarda podiam ser comparados a um comandante do Exército que lidava com novos soldados em campos de treinamento.

O embaixador disse que o segurança perguntou sobre seus planos de viagem, e Mansour disse que eles estavam indo para Paris e depois para o Panamá, onde trabalhava na embaixada. O segurança perguntou quem estava viajando, deu à família um longo olhar e os deixou-os passar.

Após o episódio, Mansour escreveu que sua filha comentou: “É tão irritante a maneira como o segurança falou com você quando você estava sorrindo o tempo todo e respondendo educadamente”.

Mansour concluiu o post com uma linguagem forte, dizendo “Ben Gurion, você pode ir para o inferno. Trinta anos de humilhação e ainda não acabou. Somos suspeitos até na entrada”. Ele observou que Ussafiya abriga o principal cemitério para soldados drusos das Forças de Defesa, e sugeriu que os oficiais de segurança do aeroporto visitassem o cemitério. Ele terminou o post dizendo: “Eu só tenho uma coisa a dizer para você: eu sinto vontade de vomitar!”

O aeroporto emitiu uma resposta à publicação do embaixador, dizendo: “As verificações de segurança no Aeroporto Ben Gurion são realizadas independentemente de religião, raça ou sexo. Quando você atende mais de 25 milhões de viajantes a cada ano, haverá aqueles que se sentirão ofendidos por um segurança que está apenas fazendo seu trabalho. Não há nada de errado com a conduta do segurança. Nós também temos amigos e familiares, como você, enterrados em cemitérios da IDF.  Sugiro que o honrado embaixador diga à filha da próxima vez que a segurança está fazendo todo o possível para protegê-la e ao país”, diz o comunicado.

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